Economia

China: preços ao produtor caem pelo 7º mês e aumentam temores de deflação

A inflação ao consumidor desacelerou em janeiro na comparação com dezembro para a mínima de 12 anos

Bandeira da China (Fabrizio Bensch/Reuters)

Bandeira da China (Fabrizio Bensch/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de fevereiro de 2019 às 08h55.

Pequim — A inflação no portão das fábricas da China desacelerou pelo sétimo mês seguido em janeiro, para o nível mais fraco desde setembro de 2016, levantando preocupações de que a segunda maior economia do mundo possa ver o retorno da deflação conforme a demanda doméstica esfria.

A inflação ao consumidor, por sua vez, desacelerou em janeiro na comparação com dezembro para a mínima de 12 anos devido a aumentos mais fracos nos preços de alimentos, mostraram dados oficiais nesta sexta-feira, apesar do feriado do Ano Novo Lunar, que tipicamente aumenta a demanda por alimentos.

O índice de preços ao produtor da China subiu em janeiro apenas 0,1 por cento sobre o ano anterior, de acordo com dados da Agência Nacional de Estatísticas, forte desacelaração sobre a taxa de 0,9 por cento do mês passado.

Analistas consultados pela Reuters esperavam desaceleração a uma alta de 0,2 por cento.

Enquanto a inflação fraca dá às autoridades a flexibilidade de afrouxar a política monetária para sustentar o crescimento econômico, os riscos deflacionários podem afetar ainda mais a rentabilidade corporativa.

Na comparação mensal, os preços aos produtor já têm caído nos últimos três meses. Em janeiro, o índice recuou 0,6 por cento, sobre queda de 1 por cento em dezembro.

"Ainda é cedo demais para dizer que a China entrou em ambiente deflacionário, mas os riscos definitivamente aumentaram", disse Raymond Yeung, economista-chefe do ANZ.

Já o índice de preços ao consumidor avançou 1,7 por cento em janeiro sobre o ano anterior, contra alta de 1,9 por cento e expectativa de aumento de 1,9 por cento.

Na base mensal, os preços ao consumidor subiram 0,5 por cento.

O índice de preços de alimentos subiu em janeiro 1,9 por cento sobre o ano anterior, ante 2,5 por cento em dezembro.

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