Economia

CNI: Confiança do consumidor volta a cair após delação da JBS

Entre os dias 18 - dia em que a gravação dos executivos da empresa veio a público - e 22 de maio o índice mostrou uma queda de 2,7%

Consumo: neste mês, houve um recuo de 4,4% em relação ao mesmo mês do ano passado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Consumo: neste mês, houve um recuo de 4,4% em relação ao mesmo mês do ano passado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de maio de 2017 às 12h16.

A confiança do consumidor brasileiro voltou a cair no mês de maio em meio às denúncias da JBS que atingiram o presidente Michel Temer.

Pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) entre os dias 18 - dia em que a gravação dos executivos da empresa veio a público - e 22 de maio mostrou uma queda de 2,7% no Índice Nacional de Expectativa do Consumidor, para 100,6 pontos. Em abril, o indicador havia crescido 1,4%.

Neste mês, houve um recuo de 4,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi a primeira vez em um ano que o indicador registrou queda na comparação em 12 meses.

"A queda da confiança do consumidor para um nível inferior ao de 2016 aumenta a preocupação sobre a evolução da demanda de consumo para os próximos meses e, consequentemente, para a atividade econômica", afirma a pesquisa.

Houve recuo nas expectativas para praticamente todos os componentes da pesquisa. O maior recuo foi para a projeção de renda pessoal para os próximos seis meses, que caiu 5,9% em relação a abril.

Na comparação com maio de 2016, o índice é 7,3% menor. Há também maior pessimismo em relação ao desemprego - o indicador caiu 3,4% ante abril e 10,4% ante maio do ano passado. Pela metodologia da pesquisa, quanto menor o índice, pior as expectativas.

Houve piora nas projeções para o endividamento (6,3% ante maio e 1,8% ante o mesmo período de 2016) e em relação à inflação, (4 4% ante maio e 15,1% ante maio de 2016).

Já as expectativas para a situação financeira caíram 3,5% em relação a maio, mas houve uma melhora de 2,1% no índice na comparação anual.

Subiram somente as previsões em relação à compras de bens de maior valor, alta de 3,1% na comparação com maio e 1,6% ante o mesmo mês do ano passado.

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