Economia

CNI: elevação da taxa de investimento fará país crescer mais

Segundo a confederação, seria necessário um aumento de pelo menos 24% na taxa de para que o crescimento atinja 5% do PIB

Para o CNI, só com novos investimentos será possível suprir essa demanda na economia brasileira (J.D. Pooley/Getty Images/AFP)

Para o CNI, só com novos investimentos será possível suprir essa demanda na economia brasileira (J.D. Pooley/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2011 às 19h48.

Brasília – O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu hoje (14) a elevação da taxa de investimentos no Brasil para que o país possa alcançar o crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) almejado pelo governo. Segundo ele, seria necessário um aumento de pelo menos 24% na taxa de investimento para a economia brasileira alcançar o crescimento necessário.

Robson Andrade ressaltou que é preciso dar atenção à massa de novos trabalhadores que entrará no mercado de trabalho nos próximos anos. Para ele, só com novos investimentos será possível suprir essa demanda na economia brasileira. “É preciso que tenhamos esses investimentos, principalmente em infraestrutura, onde há deficiência. Precisamos reduzir os gargalos. Também nossos portos e rodovias têm custos elevados.”

Para 2012, o presidente da CNI vislumbra um cenário um pouco melhor do que o de 2011, apesar da crise econômica internacional. A CNI revisou de 3,4% para 2,8% a projeção do PIB em 2011 e projetou crescimento de 3% em 2012. Nas estimativas da instituição, o crescimento do PIB da indústria também será baixo este ano, 1,8%, subindo para 2,3% em 2012. “O que estamos vendo é que o cenário deve melhorar um pouco. Mas [o crescimento] é baixo, porque a indústria poderia crescer mais."

Andrade apontou os prejuízos causados à economia do país pela elevada carga tributária e pelos custos trabalhistas. Segundo ele, embora o salário do trabalhador tenha crescido, esses custos continuam altos, resultando em prejuízos para o crescimento da economia. “Não sou contra o salário do trabalhador. Sou contra os altos encargos que a indústria paga”, disse ele.

Entre os vários problemas do setor, Andrade destacou ainda a concorrência dos produtos brasileiros com os importados, que deverá se acirrar com a queda da demanda nos Estados Unidos e na Europa por causa da crise. Para ele, a indústria asiática, com a redução da demanda nesses mercados, deverá destinar cada vez mais seus produtos para o Brasil.

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