Economia

Comércio varejista discute no Rio dificuldades do setor

Objetivo do encontro é estimular empresários, administradores e profissionais da indústria de shopping centers a programar ações inovadoras


	Setor varejista: econtro apresenta medidas referentes ao mercado, ao comportamento de consumo, ao marketing e às tendências do varejo
 (Gregg Newton/Bloomberg)

Setor varejista: econtro apresenta medidas referentes ao mercado, ao comportamento de consumo, ao marketing e às tendências do varejo (Gregg Newton/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 13h22.

Rio de Janeiro - O setor varejista, um dos maiores geradores de emprego no país, discute hoje (28) no 1º BrasilShop realizado no Rio de Janeiro, as dificuldades que o setor enfrenta atualmente e como se adequar às transformações que ocorrem no mundo e têm impacto direto no segmento.

O objetivo do encontro é estimular empresários, administradores e profissionais da indústria de shopping centers a sair do lugar comum e programar ações inovadoras a partir de uma nova atitude frente aos negócios e buscar novas formas de relacionamento comm o consumidor.

Além de mostrar os desafios, soluções, inovações como economia e varejo digital, estão sendo apresentadas medidas referentes ao mercado, ao comportamento de consumo, ao marketing e às tendências do varejo.

Para o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun, o setor deve superar as dificuldades atuais, porque movimenta 200 milhões de consumidores e passa por um momento de transição.

"O setor sofreu com a Copa do Mundo [de 12 de junho a 13 de julho], e a grande maioria dos segmentos ficou comprometida porque houve menos dias de trabalho e o faturamento caiu."

Sahyoun destacou que, hoje, o poder aquisitivo da população também está comprometido. "As pessoas têm usado muito a compra a crédito e, por isso, existe também a situação de inadimplência.

"Além disso, disse ele, o PIB [Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país] está muito abaixo da expectativa e não deve chegar nem a 1%, "Então, eu diria que a economia agora está estagnada", acrescentou.

Nos últimos anos os shopping centers aceleraram o processo de crescimento e hoje existe muito espaço e pouco lojista para tanto espaço disponível.

Cerca de 450 milhões de pessoas passam mensalmente pelos centros comerciais. Segundo Sahyoun, esses empreendimentos estão sendo inaugurados com 50% da sua capacidade. o que demonstra a necessidade de buscar alternativas para levar o empresário para dentro do shopping.

O dirigente da Alshop ressaltou, no entanto, que, mesmo com essa dificuldade, as vendas do natal não estão comprometidas.

A expectativa é que, a partir do natal, o setor retome o crescimento. Sahyoun estima que sejam injetados agora na economia mais de R$ 50 bilhões, com o pagamento do décimo terceiro salário.

"O natal não está comprometido. Sempre, em épocas de crise, o setor sempre superou as dificuldades no natal", lembrou.

Nos últimos anos, com os avanços tecnológicos e o surgimento de novas ferramentas e redes sociais na internet, criaram-se outras formas de venda. Para os especialistas a compra pela internet dá apoio ao varejo de loja e não compromete as vendas em espaços físicos.

"As vendas pela internet vêm crescendo muito, mas as empresas profissionais estão trabalhando em muitos canais. Além disso, a internet não atinge algumas coisas, como os sorteios que os shopping centers fazem, não tem condições de fazer uma decoração de natal. E os shopping centers não param de buscar o crescimento", enfatizou Sahyoun.

O chefe do Departamento de Produtos de Comunicação dos Correios, Antônio Braquehais, atentou para uma nova visão do comportamento do consumidor e uma opção em termos de crescimento de usuários em redes sociais.

Para Braquehais, houve uma revolução no ambiente virtual e, a cada ano, mais e mais pessoas experimentam, fazendo com que aumente significativamente o volume de negócios no comércio eletrônico.

Segundo ele, o faturamento das empresas com atedimento online cresceu significativamente, chegando, no ano passado, a R$ 400 bilhões, e atraindo mais e mais consumidores e mais e mais produtos.

"A realidade, hoje, é que o consumidor está mais conectado, todos nós, no dia a dia, estamos conectados por meio de dispositivos novos, de ferramentas que estão à disposição dos usuários na internet."

Braquehais destacou ainda a importância de testar essas ferramentas para saber qual delas o consumidor prefere, se é o contato por e-mail, se é o serviço de mensagens (sms), telemarketing, mala direta, e identificar o cliente e entender o público-alvo.

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