Economia

Consignado para CLT: portabilidade do crédito começa hoje. Entenda como fazer e reduzir juros

No dia 6 de julho, poderá ocorrer a troca de dívida de todos os empréstimos do Crédito do Trabalhador

Bancos podem oferecer crédito consignado CLT diretamente a trabalhadores  (Rmcarvalho/Getty Images)

Bancos podem oferecer crédito consignado CLT diretamente a trabalhadores (Rmcarvalho/Getty Images)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 16 de maio de 2025 às 07h49.

A partir desta sexta-feira, 16, trabalhadores da iniciativa privada (sob o regime de CLT) que têm um empréstimo de consignado antigo ou um crédito pessoal vão poder renegociar sua dívida utilizando a portabilidade para outra instituição financeira.

A portabilidade permite que o trabalhador troque o banco atual por outro que ofereça condições melhores, sem necessidade de intermediação — desde que o novo contrato siga as regras do Consignado CLT.

A quitação do empréstimo antigo e a contratação do novo são feitas de forma automática entre as instituições financeiras. O trabalhador, porém, terá que procurar o banco, pois essa troca não poderá ser feita ainda pela Carteira do Trabalho Digital. No dia 6 de julho, poderá ocorrer a troca de dívida de todos os empréstimos do Crédito do Trabalhador.

"A intenção é que o trabalhador possa reduzir a taxa de juros da sua dívida original e, caso tenha margem consignável, aumentar o valor do novo empréstimo. Quando o trabalhador migra para o crédito do trabalhador, ele automaticamente quita a dívida antiga, fazendo um novo empréstimo. Todos os bancos habilitados têm a lista de todos os trabalhadores com CDC ou consignados", diz o Ministério do Trabalho.

O governo diz que a expectativa é que a troca de bancos aumente ainda mais os financiamentos do Crédito do Trabalhador, que em menos de dois meses já emprestou R$ 11,3 bilhões. Desde que começou a migração de dívida para o Crédito do Trabalhador em 25 de abril, que somente poderia ser feita no banco de origem do empréstimo, o volume de recursos emprestados supera os R$ 3 bilhões.

Grande parte desses CDC e consignados, que hoje somam R$ 120 bilhões, devem migrar para o Crédito do Trabalhador, segundo o governo.

A média dos empréstimos da linha alcança R$ 5.383,22 por contrato, com uma prestação média de R$ 317,20 num prazo de 17 meses. Atualmente, o programa conta com 35 instituições financeiras executando a linha, e mais de 70 instituições já habilitadas. Dos R$ 10,3 bilhões de empréstimos, o Banco do Brasil acumula o maior volume de empréstimos, já tendo emprestado R$ 3,1 bilhões através do Crédito do Trabalhador, a maior parte para liquidar dívidas mais caras.

Segundo o Ministério do Trabalho, a expectativa é que essa modalidade movimente por volta de R$ 100 bilhões até junho. Desde o lançamento do programa, em março, cerca de R$ 8 bilhões já foram contratados.

Como funciona o Consignado CLT?

  • O trabalhador autoriza o acesso a seus dados (como CPF, tempo de empresa e margem disponível);
  • Recebe ofertas de crédito em até 24 horas e escolhe a melhor opção;
  • O desconto das parcelas é feito direto na folha de pagamento;
  • A linha permite comprometer até 35% da renda mensal com o empréstimo.

Como pedir a portabilidade?

  • Verifique se o banco de destino oferece o Consignado CLT;
  • A solicitação pode ser feita nos canais digitais da instituição;
  • A nova instituição quita a dívida anterior e assume o crédito automaticamente.
Acompanhe tudo sobre:Crédito consignadoCLTBancos

Mais de Economia

Moody's rebaixa nota dos EUA, que deixa de ser 'AAA', por causa do aumento da dívida pública

Lula se reúne com ministros no Alvorada para tratar sobre INSS e CPMI

Zanin vota para permitir mais 2 anos de novas adesões a acordo por perdas de planos econômicos

Desemprego sobe em 12 estados do Brasil no primeiro trimestre do ano