Economia

Controladora da Cteep pode disputar rodovias no Brasil

O projeto faz parte da proposta da ISA de ampliar a atuação nos segmentos de infraestrutura e telecomunicações, como forma de diversificar a receita


	Rodovia: "Estamos olhando alternativas de rodovias, para participar com parceiros (no Brasil). Em telecomunicações e rodovias, se houver oportunidade de crescimento com rentabilidade, a ISA vai olhar essas oportunidades", afirmou Gibsone
 (Jornal Cidades – MG/Fotos Públicas)

Rodovia: "Estamos olhando alternativas de rodovias, para participar com parceiros (no Brasil). Em telecomunicações e rodovias, se houver oportunidade de crescimento com rentabilidade, a ISA vai olhar essas oportunidades", afirmou Gibsone (Jornal Cidades – MG/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2015 às 12h41.

São Paulo - O presidente da colombiana ISA, Bernardo Gibsone, revelou nesta terça-feira, 27, que a estatal está em negociações com potenciais parceiros interessados em disputar novas rodovias a serem licitadas pelo governo brasileiro.

O projeto faz parte da proposta da ISA de ampliar a atuação nos segmentos de infraestrutura e telecomunicações, como forma de diversificar a receita, hoje concentrada principalmente no segmento elétrico.

"Estamos olhando alternativas de rodovias, para participar com parceiros (no Brasil). Em telecomunicações e rodovias, se houver oportunidade de crescimento com rentabilidade, a ISA vai olhar essas oportunidades", afirmou Gibsone a jornalistas.

O executivo está no Brasil e participou hoje de encontro com analistas e investidores promovido pela Apimec-SP e pela controlada Cteep, focada no segmento de transmissão.

Pouco antes, ainda durante a apresentação, o executivo destacou que a ISA é a maior operadora de rodovias privadas do Chile e também é responsável pela operação da maior rede terrestre continua do continente.

Além disso, a companhia tem atuação em países como o Peru e analisa oportunidades para atuar no mercado de infraestrutura do México.

Questionado sobre a atratividade dos projetos de rodovias no Brasil, em comparação ao segmento de transmissão de energia, Gibsone preferiu destacar a proposta de diversificação de receitas.

"É um portfólio. São negócios muito diferentes. O que ISA prefere ter é um portfólio de negócios que tenham rentabilidades interessantes", salientou.

O presidente da ISA descartou a possibilidade de a companhia se interessar pelo segmento de distribuição no Brasil, e alertou também que o governo precisa garantir maior clareza para que os interessados em novos leilões de transmissão apresentem propostas.

Os últimos leilões de transmissão apresentaram baixos índices de contratação dos lotes oferecidos, e por isso o governo começou a aplicar mudanças, incluindo o aumento da taxa de retorno dos projetos.

"Acho que o governo está revisando os princípios para garantir que haja rentabilidade para os investidores. Mas o mais importante é que a regra não seja alterada. Os investimentos em transmissão são de 30 anos, então é muito importante a sinalização do governo de que as regras são claras e não mudam", disse.

Transmissão

A volta da Cteep aos leilões de transmissão está associada ao pagamento de indenizações devidas à companhia. A transmissora calcula o valor a receber por indenização a ativos não amortizados em R$ 5,2 bilhões.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) calcula que o valor seria de R$ 3,7 bilhões.

Neste momento, as negociações caminham na direção de um valor intermediário entre os dois números, segundo o presidente da Cteep, Reynaldo Passanezi Filho.

O desfecho do impasse deve ocorrer até o final deste ano, segundo o executivo.

Uma vez equacionado esse ponto, a Cteep almeja voltar a crescer no Brasil. "Temos que olhar as oportunidades, sejam elas novos projetos ou aquisições. A primeira coisa (necessária) é termos condição financeira, e termos conforto do acionista de que a solução foi satisfatória", afirmou Passanezi.

"Obviamente que o grupo tem maior tradição de greenfield, (novos projetos), seja no Brasil, seja na ISA. Mas não significa que não existam oportunidades de aquisição", complementou.

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