Economia

Copom prevê alta de 2,2% no preço da gasolina

O comitê também manteve a projeção de que não haverá aumento para o gás de botijão

O Copom reconhece “concentração atípica” de preços administrados por contrato  (SXC.Hu)

O Copom reconhece “concentração atípica” de preços administrados por contrato (SXC.Hu)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2011 às 11h51.

Brasília – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cedeu às evidências do mercado e previu que a gasolina terá inflação de 2,2% este ano, mas manteve a projeção de que não haverá aumento para o gás de botijão, ou gás de cozinha, como é mais conhecido.

De acordo com avaliação das tendências de inflação, expressa na ata divulgada hoje (28) pelo BC sobre a reunião que o Copom realizou na semana passada, o comitê manteve a perspectiva de reajustes acumulados de 2,9% para telefonia fixa e de 2,8% para eletricidade.

O Copom reconhece também que no início do ano houve “concentração atípica” de reajustes de preços administrados por contrato ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, educação, saúde, transporte público, saneamento e outros). Mas acredita que o comportamento desses preços tende a ser “relativamente benigno” no segundo semestre.

O colegiado de diretores do BC estima que a inflação dos preços administrados deve encerrar 2011 em 4,3%, e não mais 4% como havia calculado na reunião realizada no início de março, e elevou de 4,3% para 4,4% a expectativa para 2012. Esse conjunto de preços teve peso de 28,83% na composição do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quanto às expectativas sobre o IPCA deste ano, o Copom cita o cenário de mercado, expresso na pesquisa semanal que a autoridade monetária faz com analistas de instituições financeiras para consultar tendências sobre os principais indicadores da economia. De acordo com a pesquisa, que origina o boletim Focus, a projeção de inflação no levantamento feito às vésperas da reunião do Copom indicava o IPCA de 6,29% no ano. Essa perspectiva foi elevada para 6,34% na pesquisa seguinte, divulgada na última segunda-feira (25).

A ata do Copom não faz projeção de inflação. Cita apenas que a perspectiva elevou-se em relação ao valor considerado na reunião anterior, e se encontra acima do valor central de 4,5%, meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O BC mantém, portanto, a expectativa apontada no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado no final de março, que é de 5,6% para o IPCA deste ano.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCombustíveisCopomGasolinaJurosMercado financeiro

Mais de Economia

Governo publica norma que suspende todos os acordos entre INSS e associações

Lupi defende fim de desconto automático na folha de aposentados para evitar fraudes

Aneel adia novamente reajuste nas contas de luz da Light após diretoria prolongar análise

Regulação do vale-refeição e do vale-alimentação é de alçada do Ministério do Trabalho, diz Galípolo