Economia

Crescimento do PIB tem tudo para ser puxado por consumo das famílias e investimentos, diz Haddad

Segundo o ministro da Fazenda, o Brasil não precisa de um impulso maior para que a geração de riquezas no país tenha uma expansão positiva

Fernando Haddad (Washington Costa/MF/Flickr)

Fernando Haddad (Washington Costa/MF/Flickr)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 28 de abril de 2025 às 09h42.

Última atualização em 28 de abril de 2025 às 09h47.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 28, que o crescimento econômico no Brasil tem tudo para ser puxado pelo consumo das famílias e pelos investimentos. Segundo ele, não é necessário um impulso maior do que esse para que o país tenha uma expansão sustentável da geração de riquezas. As declarações de Haddad ocorreram durante participação em evento do banco J. Safra.

“Sou a favor de crescimento econômico. Mas acredito que o crescimento econômico no Brasil tem tudo para ser puxado por consumo das famílias e por investimento. Não precisamos de um impulso maior que esse para crescer bem. Pelo contrário. Esses são os impulsos corretos para crescer com sustentabilidade”, disse.

Haddad ainda afirmou que o governo iniciou um processo de mudança no mercado de crédito para reduzir os spreads bancários.

“Nós estamos fazendo uma grande mudança no sistema de crédito brasileiro, com apoio da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), no sentido de trazer os spreads para baixo, através de um marco de garantias mais robustos. E uma agenda no Congresso Nacional para novos instrumentos financeiros para baratear o crédito”, disse.

Segundo Haddad o marco de garantias é um exemplo de sucesso nesse processo de barateamento do crédito.

“Isso já está chegando na ponta. No caso do marco de garantias, nem aconteceu a revolução que pode acontecer. É um conjunto de iniciativas que podem alavancar o investimento, que ainda está muito baixo”, disse.

"Política externa correta"

No setor externo, o ministro da Fazenda afirmou que o governo tem uma política externa correta, de diálogo com todos os países e blocos econômicos, em busca de fortalecer o multilateralismo.

“Vamos manter tração do ponto de vista do comércio exterior. O Brasil fincou o pé em uma política externa correta. O Brasil mantém canais abertos com a China, com a União Europeia e com os Estados Unidos. E isso não é de agora. Nós reunimos com os três blocos, com chefes de estado para fortalecer o multilateralismo”, disse.

Para Haddad, caso cumpra seu programa econômico, o Brasil vai se desenvolver com sustentabilidade "em qualquer cenário".

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