Economia

Déficit primário atinge R$ 10,4 bilhões em agosto de 2014

O Governo Central registrou em agosto último deficit primário de R$ 10,4 bilhões, o pior resultado desde 1997


	Real: déficit corresponde ao impacto das despesas do mês
 (Stock.xchng/ Afonso Lima)

Real: déficit corresponde ao impacto das despesas do mês (Stock.xchng/ Afonso Lima)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 10h41.

Brasília - O Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou em agosto último deficit primário de R$ 10,4 bilhões, o pior resultado desde 1997, segundo relatório divulgado pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira.

O déficit, de acordo com o conceito de contas públicas, corresponde ao impacto das despesas do mês.

Estas superaram as receitas, o que tornou impossível para a equipe econômica realizar economia para abater juros da dívida pública no período.

No mesmo mês de 2013, o deficit foi bem menor: R$ 2,2 bilhões. No acumulado do ano, até o período, o resultado é inferior em R$ 33,7 bilhões ao resultado apurado no mesmo período do ano passado.

A meta fiscal do Governo Central estabelecida pela equipe econômica para o segundo quadrimestre é de R$ 39 bilhões, mas o realizado, informou o Tesouro Nacional, ficou longe: R$ 3,1 bilhões, ou 7,8% da expectativa.

A receita total ficou negativa em R$ 1,3 bilhão devido, entre outras razões, a fatores sazonais na arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Física e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e à cota parte, esta parcialmente compensada pela arrecadação, em agosto, de R$ 7,1 bilhões que entraram nos cofres do governo com o parcelamento de impostos atrasados (Refis) .

O governo transferiu a estados e municípios R$ 2,1 bilhões relativas a obrigações constitucionais e mais R$ 2,2 bilhões em transferências referentes à exploração de petróleo e gás natural.

Houve ainda despesa total de R$ 2,6 bilhões, sendo R$ 1,9 bilhão com pagamento de benefícios previdenciários.

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