Economia

Demanda mundial de alimentos básicos vai registrar desaceleração

Queda do consumo na China e redução do apoio público aos biocombustíveis nos Estados Unidos e Europa são as principais razões da mudança

Relatório: OCDE e FAO preveem queda da desnutrição nos próximos 10 anos. (Mike Blake/Reuters)

Relatório: OCDE e FAO preveem queda da desnutrição nos próximos 10 anos. (Mike Blake/Reuters)

A

AFP

Publicado em 10 de julho de 2017 às 09h47.

A demanda mundial de produtos agrícolas e alimentos básicos vai registrar uma desaceleração em seu crescimento na próxima década, segundo as perspectivas divulgadas pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Nos próximos 10 anos, "o crescimento da demanda" de produtos alimentares básicos "vai desacelerar pouco a pouco", afirma o relatório.

As duas principais razões da mudança de tendência são a desaceleração do crescimento na China, que gera uma queda do consumo, e a redução do apoio público aos biocombustíveis nos Estados Unidos e Europa, afirmou à AFP Jonathan Brooks, diretor da divisão de intercâmbios e mercados agroalimentares na OCDE.

"De acordo com as projeções, esperamos que a demanda de produtos agrícolas para a produção de biocombustíveis permaneça estagnada com uma queda dos preços da energia e a adoção de uma política mais moderada sobre os biocombustíveis em vários países", afirma o relatório.

Esta correção permitirá reorientar os produtos básicos para o uso normal, a alimentação e não a energia.

A OCDE e a FAO preveem que o aumento do consumo nos países em desenvolvimento provocará uma queda no número de pessoas que sofrem desnutrição no mundo, de 11% a 8%, nos próximos 10 anos.

Acompanhe tudo sobre:AlimentosConsumoONUOCDE

Mais de Economia

Conselho do FGTS aprova fundo para imóveis avaliados em até R$ 2,25 milhões

Governo Lula tem superávit de 36,5 bi em outubro, diz Tesouro Nacional

Prévia da Inflação: IPCA-15 acelera e fecha em 0,20% em novembro

Brasil precisa de ajuste fiscal de R$ 400 bi, dizem economistas do Itaú