Fernando Haddad: o ministro da Fazenda afirmou que a missão de zerar o déficit público tem sido conduzida com apoio de parte do Congresso e isso é essencial para o crescimento econômico, em especial da indústria (Agência Brasil)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 26 de maio de 2025 às 12h16.
Última atualização em 26 de maio de 2025 às 12h42.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 26, que enquanto muitos criticavam o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), uma "caixa-preta" foi descoberta no orçamento, que totaliza R$ 800 bilhões em subsídios e renúncias fiscais.
As declarações foram feitas durante evento na sede da instituição financeira, realizado em homenagem ao Dia da Indústria, comemorado no último domingo, 25.
"Falava-se muito da caixa-preta do BNDES e hoje a gente descobriu uma caixa-preta no Orçamento federal de R$ 800 bilhões em subsídios. Ao invés de oferecer uma alíquota média de tributos menor para todo mundo, a gente resolve escolher lá no Orçamento os campeões nacionais que levam o grosso do Orçamento. Enquanto aquele que paga imposto fica prejudicado por aquele que fez do lobby a sua profissão de fé", disse.
Haddad, entretanto, não detalhou que subsídios são esses, quais são os setores ou empresas que mais recebem esses incentivos ou as principais fontes da renúncia fiscal.
Segundo Haddad, o desafio de reequilibrar as finanças públicas do país é de todos os Três Poderes e da sociedade brasileira, incluindo o setor privado. Para ele, o governo tem tomado as medidas necessárias para zerar o déficit público.
"Temos desafios que são papel de todos. Quando olhamos para as contas públicas, muitas despesas foram contratadas sem fonte de financiamento e temos de honrar compromissos assumidos pelo Congresso. Estamos fazendo isso da melhor maneira possível", disse,
Haddad ainda afirmou que a missão de zerar o déficit público tem sido conduzida com apoio de parte do Congresso e isso é essencial para o crescimento econômico, em especial da indústria.
"Estamos tentando virar a página de um déficit estrutural de 2% do PIB. E nós, com apoio de parte do Congresso, estamos avançando para estabilizar o orçamento e criar as condições macroeconômicas para a indústria se desenvolver", disse.