Economia

Dilma: Brasil está pronto para mais medidas no câmbio

Dilma ressaltou que o Brasil não está interessado em colocar suas reservas internacionais em um fundo de estabilização para socorrer a Grécia

Dilma disse também ser necessária uma ação coordenada para resolver a crise da dívida grega (Mario Tama/Getty Images)

Dilma disse também ser necessária uma ação coordenada para resolver a crise da dívida grega (Mario Tama/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2011 às 19h12.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira que o Brasil está preparado para tomar medidas adicionais para garantir a estabilidade do real, que enfrenta um de seus pregões mais voláteis nos últimos anos.

"(Estamos tomando) as mesmas medidas de sempre" para controlar a taxa de câmbio, disse Dilma em entrevista coletiva em Nova York.

"Neste momento, que é um momento de volatilidade dos mercados, de nervosismo dos mercados, a nossa atitude é de calma, tranquilidade e de estabilizar todo o processo", acrescentou.

O dólar chegou a ser negociado a 1,95 real pela manhã, antes de reverter as perdas após os comentários de Dilma e uma venda surpresa pelo Banco Central (BC) de 2,75 bilhões de dólares em contratos de swap tradicionais.

Dilma disse também ser necessária uma ação coordenada para resolver a crise da dívida grega, que desencadeou turbulências nos mercados financeiros globais, incluindo no Brasil.

"Consideramos que é importantíssimo que a prioridade seja dada para a solução da crise soberana, que se constitua um processo de resgate ordenado, de qualquer forma, ordenado da Grécia", disse, acrescentando que o mundo não pode esperar até uma reunião do G20 no início de novembro para uma solução para a crise grega.

No entanto, Dilma ressaltou que o Brasil não está interessado em colocar suas reservas internacionais em um fundo de estabilização para socorrer a Grécia.

Dilma acrescentou que o Brasil ainda está preocupado com a inflação, que superou uma taxa anualizada de 7 por cento e que pode piorar caso o real continue a se enfraquecer. Mas, segundo ela, "tudo indica que a tendência internacional é deflacionária".

Acompanhe tudo sobre:Governo DilmaCâmbioMoedas

Mais de Economia

BC deve manter a taxa de juros em 15% e dar pistas sobre ciclo de cortes

Câmara dos Deputados aprova PEC que proíbe extinção de tribunais de contas

Aneel recomenda ao governo renovar concessão da Light no Rio por 30 anos