Economia

Diretor do BC defende autonomia legal da instituição

Carlos Hamilton salientou que a experiência mostra que os países que adotam esse modelo são beneficiados economicamente


	O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo: defesa da autonomia legal
 (Marcello Casal Jr/ABr)

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo: defesa da autonomia legal (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 18h37.

Brasília - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, disse ser favorável a autonomia legal da autoridade monetária no Brasil, salientando que a experiência mostra que os países que adotam esse modelo são beneficiados economicamente.

O debate sobre o status institucional do BC ganhou destaque nas eleições presidenciais deste ano, depois que a candidata Marina Silva (PSB) incluiu em seu programa de governo que buscará a independência da instituição.

"A teoria macroeconômica amparada pela evidência internacional indica que um ambiente institucional que contempla autonomia legal para conduzir a política monetária traz bônus para as economias dos países que a adotam", disse o diretor a jornalistas durante apresentação do Relatório de Inflação da edição de setembro nesta segunda-feira.

"Do ponto de vista estritamente técnico, sou favorável à autonomia legal de modo geral. E isso é uma regra de validade geral inclusive em relação ao Brasil", disse, acrescentando que essa é uma questão que cabe "aos representantes eleitos pelo povo, ao Congresso Nacional e ao Poder Executivo" definir.

Na última quinta-feira, em entrevista à Reuters, Marina disse que estão em estudo vários modelos internacionais para se definir como implementar a institucionalização da independência do BC.

A ex-senadora é a principal rival da presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição numa acirrada corrida presidencial e critica duramente a independência legal do BC.

Recentemente, o diretor de Fiscalização, Anthero Meirelles, defendeu a autonomia operacional do BC, afirmando que a autoridade monetária já funciona assim.

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