Economia

Diretora do Fed alerta contra retirar suporte à economia

"O novo normal de hoje recomenda prudência na remoção da política expansionista", disse Lael Brainard


	Fed: "o novo normal de hoje recomenda prudência na remoção da política expansionista", disse Lael Brainard
 (AFP/Arquivo  Karen Bleier/EXAME.com)

Fed: "o novo normal de hoje recomenda prudência na remoção da política expansionista", disse Lael Brainard (AFP/Arquivo Karen Bleier/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2016 às 15h16.

Chicago - O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, precisa ser cauteloso para não remover seus estímulos monetários muito rapidamente por causa da potencial fraqueza no mercado de trabalho e dos riscos de desaceleração econômica do exterior, disse a diretora do Fed Lael Brainard nesta segunda-feira.

"O novo normal de hoje recomenda prudência na remoção da política expansionista", disse Lael Brainard em seu discurso preparado para o Chicago Council on Global Affairs.

Ela disse que o mercado de trabalho pode estar mais longe da força total do que alguns economistas acreditam, o que poderia fazer com que apertar a política monetária antecipadamente seja menos atrativo.

As autoridades do Fed entrarão divididas na reunião de 20 e 21 de setembro, com algumas preocupadas que as atuais taxas baixas alimentem um salto na inflação enquanto outras, entre elas Brainard, argumentam que o Fed não deve correr para elevar os juros.

Muitas outras autoridades acham que o mercado de trabalho dos EUA está próximo da força total e a chair do Fed, Janet Yellen, afirmou em julho que os argumentos para altas dos juros se fortaleceram.

Mas Brainard afirmou que o mercado de trabalho ainda pode se fortalecer mais sem colocar pressão sobre a inflação.

"A resposta da inflação à força inesperada na demanda provavelmente será modesta e gradual, exigindo uma reposta moderada de política monetária", disse ela.

A expectativa é de que o Fed mantenha a taxa de juros na reunião da próxima semana e na de 1 e 2 de novembro. Os preços dos contratos futuros de juros sugerem que os investidores veem chances pouco acima de 50 por cento de uma alta em dezembro.

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