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Dívida é administrável desde que haja confiança, diz CSFB

Os investidores estão subestimando a capacidade de manobra do governo na rolagem da dívida pública. Pelo menos essa é a opinião do Credit Suisse First Boston (CSFB) em seu relatório semanal, em inglês. "A dívida é administrável desde que haja confiança", afirmam os analistas da instituição. Na semana passada, depois de 15 dias em que […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h56.

Os investidores estão subestimando a capacidade de manobra do governo na rolagem da dívida pública. Pelo menos essa é a opinião do Credit Suisse First Boston (CSFB) em seu relatório semanal, em inglês. "A dívida é administrável desde que haja confiança", afirmam os analistas da instituição.

Na semana passada, depois de 15 dias em que recordes de alta do câmbio foram batidos sucessivamente, o risco-país brasileiro assumiu a vice-liderança mundial -- atrás apenas da Argentina. Segundo o CSFB, os investidores estão preocupados com a capacidade do país para rolar sua dívida. Inicialmente, essa preocupação nasceu das incertezas políticas, visto que o candidato que representa a ruptura da atual política econômica aparece em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais.

Mais recentemente, dois fatores reforçaram as preocupações: a ação do Banco Central que resultou na maior concentração de títulos da dívida com vencimento no início de 2003 (antes do novo governo, portanto) e a recompra, por parte do governo, de títulos da dívida externa (poderia haver dificuldades de o governo se livrar deles depois das eleições, independentemente do vencedor).

O CSFB acredita que as preocupações dos investidores estão longe de desaparecerem. "Enquanto a eleição de um candidato não comprometido com a continuidade da atual política econômica pode significar mudanças na maneira como a dívida será rolada, nós achamos que: a rolagem da dívida externa dificilmente não ocorrerá no curto prazo; a administração da dívida interna antes das eleições é viável; e se houver confiança também haverá margem de manobra da dívida interna depois de 2002, mesmo que a maioria dos papéis vença no início de 2003", dizem os analistas.

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