Economia

Dívida Pública Federal sobe 1,69% em novembro para R$ 3,826 trilhões

Em novembro, a emissão de papéis totalizaram R$ 52,013 bilhões, enquanto os resgates chegaram a R$ 17,334 bilhões

Dívida Pública: a emissão líquida de novembro foi de R$ 34,68 bilhões (Bruno Domingos/Reuters/Reuters)

Dívida Pública: a emissão líquida de novembro foi de R$ 34,68 bilhões (Bruno Domingos/Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de dezembro de 2018 às 16h08.

Brasília - O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 1,69% em novembro e chegou a R$ 3,826 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 26, pelo Tesouro Nacional. Em outubro, o estoque estava em R$ 3,763 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 29,02 bilhões em novembro. Já as emissões de papéis totalizaram R$ 52,013 bilhões, enquanto os resgates chegaram a R$ 17,334 bilhões, o que resultou em emissão líquida de R$ 34,68 bilhões.

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 1,59% e fechou o mês passado em R$ 3,679 trilhões.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 4,27% maior, somando R$ 146,96 bilhões no penúltimo mês do ano.

12 meses

A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 16,49% em outubro para 16,37% em novembro, segundo o Tesouro Nacional. Já o prazo médio da dívida caiu de 4,24 anos em outubro para 4,19 anos no mês passado.

O custo médio acumulado em 12 meses do estoque da DPF passou de 10,06% ao ano em outubro para 10,11% ao ano em novembro. Apesar do aumento, o custo médio das emissões dos títulos da dívida interna em novembro caiu e ficou em 7,70%, de acordo com os dados do Tesouro Nacional.

Prefixados

A parcela de títulos prefixados na DPF subiu de 32,51% em outubro para 32,86% em novembro. Os papéis atrelados à Selic também aumentaram a fatia, de 35,27% para 35,40%.

Os títulos remunerados pela inflação caíram para 27,72% do estoque da DPF em novembro, ante 28,31% em outubro. Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 3,91% em outubro para 4,02% no mês passado.

Todos os papéis estão dentro das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) para este ano. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2017 é de 32% a 36%, enquanto os papéis remunerados pela Selic devem ficar entre 33% a 37%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta também é de 27% a 31% e, no de câmbio, de 3% a 7%.

Estrangeiros

Os estrangeiros diminuíram a aquisição de títulos do Tesouro Nacional em novembro. A participação dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da DPMFi caiu de 11,97% em outubro para 11,74% no mês passado, segundo o Tesouro Nacional.

Além de perder participação relativa no estoque da dívida, os estrangeiros diminuíram o valor dos papéis em suas mãos. O estoque em posse de não residentes caiu de R$ 433,41 bilhões em outubro para R$ 432,16 bilhões no mês passado.

Os fundos de investimento continuam sendo os maiores detentores de papéis do Tesouro, com a participação passando de 25,99% em outubro para 26,28% no mês passado. O grupo previdência aparece na sequência, com uma fatia que passou de 25,29% para 24,70%.

A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve elevação de 22,66% em outubro para 23,08% em novembro. Já as seguradoras tiveram crescimento na participação de 4,01% para 4,27% no período.

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