Economia

Draghi diz que euro é "irreversível" e pede reformas

Presidente do BCE pediu aos políticos dos países da zona da moeda única que apliquem "com determinação" as reformas estruturais

Draghi destacou o problema causado pelas taxas de risco "excepcionalmente altas" que alguns países da zona do euro têm que enfrentar (François Lenoir/Reuters)

Draghi destacou o problema causado pelas taxas de risco "excepcionalmente altas" que alguns países da zona do euro têm que enfrentar (François Lenoir/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2012 às 11h03.

Frankfurt - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse nesta quinta-feira que o "euro é irreversível", e pediu aos políticos dos países da zona da moeda única que apliquem "com determinação" as reformas estruturais.

Draghi, na entrevista coletiva após a reunião do conselho de governo, destacou o problema causado pelas taxas de risco "excepcionalmente altas" que alguns países da zona do euro têm que enfrentar.

"As taxas de risco vinculadas aos temores sobre a irreversibilidade do euro são inaceitáveis e devem ser enfrentadas", assegurou.

Para isso, explicou, os governos "devem continuar adiante com a consolidação fiscal, as reformas estruturais e a construção institucional europeia com grande determinação".

Tendo em vista que a implementação dessas medidas leva tempo e que os mercados podem demorar a reagir, Draghi ressaltou que "os governos devem estar preparados" para ativar o uso dos fundos de resgate na compra de dívida soberana "quando existirem condições excepcionais nos mercados financeiros".

Esse discurso dos fundos seria realizado com "estrita condicionalidade", asseverou.

Se isso acontecer, o BCE "poderia promover operações de mercado" para apoiar esses países, acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:EuropaCrise econômicaUnião EuropeiaCrises em empresasBCEDívida pública

Mais de Economia

Congresso cria calendário para votação de vetos e do Orçamento de 2026

Senado aprova PL que proíbe descontos de sindicatos em aposentadorias do INSS

Inflação na Argentina tem alta de 2,3% em outubro e deve fechar o ano em 29,6%

Setor de serviços sobe 0,6% em setembro, oitava alta seguida