Economia

Dyogo: País pode crescer até 3% nos próximos 5 anos sem pressionar IPCA

Presidente do BNDES destacou que o Brasil ainda registra um nível de ociosidade elevada da capacidade instalada, pois tal indicador está em 75%

Dyogo Oliveira: "Nossa recuperação tem sido gradual, mas continuada" (João Pedro Caleiro/Site Exame)

Dyogo Oliveira: "Nossa recuperação tem sido gradual, mas continuada" (João Pedro Caleiro/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de abril de 2018 às 19h38.

Última atualização em 19 de abril de 2018 às 19h38.

O presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, afirmou que o Brasil pode crescer entre 2,5% e 3% nos próximos cinco anos sem gerar pressões de alta da inflação.

"Nossa recuperação tem sido gradual, mas continuada. Desde meados do ano passado, ocorre um processo bastante consolidado de crescimento", apontou. "É um cenário muito positivo que estamos vendo. Com algumas decisões corretas, reformas e consolidação das contas públicas, o Brasil vai ter um longo ciclo de crescimento."

Para Oliveira, o PIB do País deve expandir entre 2,5% e 3% neste ano, o que classificou como um ritmo extremamente positivo, dado que o Brasil saiu de dois anos seguidos de queda do Produto Interno Bruto (PIB).

"Há agora o resultado de um processo de consolidação da política econômica, com transparência, confiança na gestão da política econômica. Esse ano sem dúvida será muito positivo."

O presidente do BNDES destacou que o Brasil ainda registra um nível de ociosidade elevada da capacidade instalada, pois tal indicador está em 75%. Ele destacou que o processo eleitoral neste ano gera incertezas para investidores.

"Temos percebido que há uma confiança muito elevada na economia brasileira, e isso tem aparecido através da demanda de projetos lá no banco."

Segundo Oliveira, o BNDES está aprofundando a aproximação com instituições multilaterais, como o Banco Mundial e o BID. O foco desta ação é viabilizar a maior arrecadação de recursos para financiar projetos de longo prazo no País.

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