Economia

Economist critica julgamento da correção da poupança

Ao lembrar da frase que afirma que "no Brasil até o passado é imprevisível", a revista diz que o caso ameaça a credibilidade do país


	Dinheiro no bolso: "É difícil atrair negócios para um país onde a incerteza não assola apenas o futuro, mas também o passado", diz a The Economist
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Dinheiro no bolso: "É difícil atrair negócios para um país onde a incerteza não assola apenas o futuro, mas também o passado", diz a The Economist (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 15h54.

Londres - A revista "The Economist" publica reportagem crítica sobre a possibilidade de que bancos sejam obrigados a pagar bilhões de reais para poupadores do Brasil, num caso que se arrasta há décadas na Justiça.

Ao lembrar da frase que afirma que "no Brasil até o passado é imprevisível", a revista diz que o caso ameaça a credibilidade do país.

"É difícil atrair negócios para um país onde a incerteza não assola apenas o futuro, mas também o passado", diz o texto.

A reportagem publicada na edição que chega este fim de semana às bancas com o título "O passado é o epílogo" explica a cobrança feita pelos poupadores que pedem a correção dos valores depositados nas cadernetas durante os vários planos econômicos vividos pelo Brasil há algumas décadas.

O caso está, atualmente, no Supremo Tribunal Federal (STF).

O conteúdo destaca que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, já divulgaram carta aberta com um alerta para o efeito negativo sobre a economia, caso as instituições financeiras sejam derrotadas no caso.

Na eventualidade de as instituições perderem no STF, a revista prevê forte queda da oferta de crédito, o que prejudicaria a já "combalida" economia brasileira.

Além disso, a publicação também lembra que os dois maiores bancos estatais - o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal - são donos de cerca de metade das cadernetas de poupança nacionais e poderão ser obrigados a pedir resgate aos cofres públicos. "Apertando as já frágeis contas públicas do Brasil."

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