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Em meio ao tarifaço dos EUA, Haddad diz que governo dará atenção especial a setores vulneráveis

Na véspera de entrada em vigor de novas taxas por Trump, ministro afirma que produtos brasileiros tem conquistado novos mercados

Agência o Globo
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Publicado em 5 de agosto de 2025 às 14h13.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, ser preciso ter "otimismo" para enfrentar as atuais questões geopolíticas, em referência às tarifas impostas pelos Estados Unidos a diversos países.

Haddad citou que as exportações ao país hoje governado por Donald Trump já representaram 25%, mas hoje representam 12%.

Para uma plateia formada por empresários, Haddad disse que o governo dará uma "ajuda especial" aos setores considerados mais vulneráveis.

— Nós estamos atentos, porque não é porque 2%, 1,5% das exportações serão afetadas que nós vamos baixar a guarda. Porque nós sabemos que, nesse 1,5%, estão setores muito vulneráveis, setores que geram muito emprego, como a fruticultura, setores que exigem da nossa parte uma atenção especial que vai ser dada. O presidente dispõe dos instrumentos necessários, que vão ser utilizados para socorrer essas famílias prejudicadas por uma agressão que ja foi chamada de injusta, de indevida, de não condizente com os 200 anos de relação fraterna que nos liga ao povo dos EUA — disse ele.

O ministro ainda citou a abertura de novos mercados para produtos brasileiros e a expansão da indústria e do agronegócio no país.

– Poderia falar dos recordes em investimento da indústria e da infraestrutura, que está vivendo seu melhor momento em 15 anos. Então temos que olhar para tudo isso, em meio à situação geopolítica que estamos vivendo, com otimismo, até porque, sem otimismo, eu nao aconselho a ninguém a assumir o Ministério da Fazenda do Brasil – afirmou o ministro.

O ministro da Fazenda também falou sobre soberania do Brasil e disse que o país é "grande demais" para ser "colônia":

– O Brasil é grande demais para ser colônia, satélite, de quem quer que seja.

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