Economia

Embargo alimentar russo pode custar € 5 bi por ano à Europa

País decretou uma proibição de um ano às importações de frutas, vegetais, laticínios e carne da Europa


	Alimentos: Rússia representa o segundo maior mercado para produtos alimentícios da UE
 (Fabrizio Bensch/Reuters)

Alimentos: Rússia representa o segundo maior mercado para produtos alimentícios da UE (Fabrizio Bensch/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 14h52.

Bruxelas - A proibição imposta pela <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/russia">Rússia</a></strong> às importações de alimentos da Europa, como parte da resposta de Moscou às sanções impostas pela <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/uniao-europeia">União Europeia</a></strong> pela crise na Ucrânia, pode custar 5 bilhões de euros à UE por ano, de acordo com um documento interno do bloco visto pela Reuters.</p>

A Rússia, que representa o segundo maior mercado para produtos alimentícios da UE atrás dos EUA, decretou em 6 de agosto uma proibição de um ano às importações de frutas, vegetais, laticínios e carne da Europa. Esses itens representam quase metade das exportações de alimentos do bloco para a Rússia.

Grandes exportadores de frutas e vegetais como Polônia e Holanda já estão sentindo o impacto do embargo, e a Comissão Europeia, o Poder Executivo da UE, está buscando formas de compensar os produtores ou encontrar novos mercados para os alimentos.

A Alemanha, que liderou a decisão da UE de impor sanções à Rússia, também está sofrendo, por ser o principal exportador de carne e laticínios do bloco europeu.

"No total, as restrições temporárias aplicadas pela Rússia possivelmente comprometem 5 bilhões de euros do comércio", diz o documento, que foi apresentado a comissários europeus em Bruxelas nesta quarta-feira.

As exportações totais de alimentos da UE para a Rússia foram de 11,8 bilhões de euros no ano passado, e os produtos abrangidos pela proibição russa representaram 5,1 bilhões de euros em exportações em 2013, segundo o documento.

O documento foi feito após uma análise do impacto do embargo produto a produto. Apesar de as medidas poderem prejudicar consumidores russos, representam também um revés para a economia estagnada da zona do euro, que tenta evitar uma nova recessão.

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