Economia

Entidades do setor produtivo elogiam queda de juros

Entretanto, as associações seguem cobrando a continuidade das reformas estruturais que, segundo elas, aumentarão a competitividade da economia brasileira

CNI: a confederação considerou acertada a decisão do Banco Central de cortar a taxa Selic (Germano Luders/Exame)

CNI: a confederação considerou acertada a decisão do Banco Central de cortar a taxa Selic (Germano Luders/Exame)

AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de julho de 2017 às 20h37.

Última atualização em 26 de julho de 2017 às 20h45.

A redução dos juros básicos da economia para um dígito pela primeira vez em quatro anos ajuda a aliviar a recessão e a recuperar empregos, avaliam entidades da indústria.

As associações de empresários elogiaram a queda das taxas, mas cobraram a continuidade das reformas estruturais que, segundo elas, aumentarão a competitividade da economia brasileira.

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou acertada a decisão do Banco Central de cortar a taxa Selic de 10,25% para 9,25% ao ano.

A entidade destacou que a aproximação das taxas de juros nominais das reais (diferença entre juros e inflação) melhorará as condições financeiras das famílias e estimularão o consumo e o investimento.

A confederação, no entanto, pediu empenho do governo no corte de gastos e do Congresso na tramitação das reformas econômicas para que os juros não aumentem no futuro.

"A recuperação do consumo e dos investimentos deve ser acompanhada das reformas estruturais, como a da Previdência Social, que são fundamentais para o equilíbrio das contas públicas e a consolidação do crescimento sustentável do país", informou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, em nota.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) considerou acertada a redução da Selic, mas criticou o aumento recente nos tributos sobre os combustíveis.

Para a entidade, a elevação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) prejudica o combate à inflação e a retomada do crescimento.

"A saída para a crise fiscal não passa por mais aumento de impostos, mas pela adequação dos gastos públicos ao novo cenário econômico. E isso depende das reformas, em especial a da Previdência. Essa é a única saída para a recuperação da confiança de empresas e consumidores, condição necessária para a retomada do crescimento econômico e da geração de empregos", informou a nota da Firjan.

 

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