Economia

Esforço para unificar ICMS "não serve para nada", diz Calabi

O secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Andrea Calabi, diz que a guerra fiscal permanece


	Senado: a resolução 599 tem como seu espelho o Projeto de Resolução 01 do Senado, que será votado amanhã (24)
 (Waldemir Barreto/Agência Senado)

Senado: a resolução 599 tem como seu espelho o Projeto de Resolução 01 do Senado, que será votado amanhã (24) (Waldemir Barreto/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2013 às 18h23.

São Paulo - O esforço que o governo faz, de se propor a perder até R$ 400 bilhões ao longo dos próximos 20 anos com a compensação de governos de Estados e prefeituras pelas privações de arrecadação decorrentes da unificação da alíquota interestadual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), não está servindo para nada. A afirmação, em tom de crítica, foi feita nesta terça-feira pelo secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Andrea Calabi, durante seminário sobre o Programa Especial de Parcelamento do ICMS do Estado de São Paulo (PEP), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "O esforço do governo federal não está servindo para nada porque a guerra fiscal permanece", observou.

Calabi falou sobre as várias medidas provisórias (MPs) e resoluções relativas a políticas tributárias dos governos estaduais em tramitação, mas deu destaque para a Resolução 599. "Essa resolução se refere à redução da alíquota e aos fundos de ressarcimento de perdas e de desenvolvimento regionais", disse, após o término do seminário. "A resolução 599 tem como seu espelho o Projeto de Resolução 01 do Senado, que será votado amanhã (24)", disse.

A resolução era para ser votada nesta terça-feira, mas o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), transferiu a análise para esta quarta-feira pela manhã. O adiamento deu-se em atendimento ao pedido do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE). Ainda de acordo com o secretário da Fazenda do Estado, São Paulo é a favor da unificação das alíquotas interestaduais do ICMS em 4% com uma trajetória relativamente rápida. "Nós estamos pensando em quatro anos", reiterou.

Acompanhe tudo sobre:Governo DilmaImpostosEstado de São PauloICMS

Mais de Economia

Tarifaço: governo responde aos EUA e diz que não adota práticas desleais no comércio bilateral

Tarifaço: Dieese estima perda de até 726 mil empregos em cenário mais pessimista

Governo publica portaria com regras para que estatais deixem de ser dependentes do Tesouro

IBC-BR: prévia do PIB recua 0,10% em junho, na segunda queda consecutiva