Economia

Estatizações de vizinhos prejudicam o Brasil, diz Eike

Segundo ele, atualmente os grandes fundos de investimentos estão vindo para o Brasil mas sem conhecer a realidade do País nos últimos dez anos

Citando os recordes de produção de aço na China, o empresário avaliou que o minério de ferro brasileiro tem espaço garantido até 2025 (Brendan McDermid/Reuters)

Citando os recordes de produção de aço na China, o empresário avaliou que o minério de ferro brasileiro tem espaço garantido até 2025 (Brendan McDermid/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2012 às 20h20.

Rio - As decisões de estatização de ativos estrangeiros por países vizinhos, como Argentina e Venezuela, acabam arranhando a imagem do Brasil frente a investidores estrangeiros. A opinião é de Eike Batista, empresário dos ramos de petróleo e gás, mineração, siderurgia, entre outros.

Segundo ele, atualmente os grandes fundos de investimentos estão vindo para o Brasil mas sem conhecer a realidade do País nos últimos dez anos. "O cara não vinha pra cá e quando vê essas notícias de Argentina e Venezuela coloca a gente no mesmo saco de República de Bananas", declarou nesta terça-feira durante o Rio Investors Day, evento na capital fluminense.

Eike elogiou a atuação fiscalizadora do Ministério Público brasileiro. "O sistema está aí, existe. As instituições são sólidas e funcionam."

Quanto à recente elevação do patamar do câmbio, com o dólar girando em torno de R$ 2,00 desde a semana passada, Eike engrossou o coro de que a desvalorização do real trará vantagens para empresas exportadoras de commodities, como a MMX, braço de mineração do seu grupo EBX.

"Curiosamente, com a recente desvalorização do real (ante o dólar), eu, que exporto commodity em dólar, vou receber os mesmos dólares lá fora, mas vou ter a vantagem do meu custo de 20%. Estou achando graça", disse durante sua apresentação no evento.

Citando os recordes de produção de aço na China, o empresário avaliou que o minério de ferro brasileiro tem espaço garantido até 2025 por sua maior qualidade frente a outros competidores.

Eike reclamou que hoje "o mundo está sem paciência para esperar os projetos maturarem" e lembrou que a EBX tem atualmente US$ 8 bilhões em caixa. "Dá pra pagar as contas", brincou.

Acompanhe tudo sobre:EBXEike BatistaEmpresáriosEmpresasMMXOSXPersonalidades

Mais de Economia

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron

MP para reativar Plano Safra deve ser publicada hoje ou terça-feira, diz Ceron