Economia

EUA lideram exportações de armas no mundo, dominando 43% do mercado global

Nos últimos cinco anos, os EUA ampliaram sua fatia global, impulsionados pela demanda europeia.

Janaina Camargo
Janaina Camargo

Redatora na Exame

Publicado em 10 de março de 2025 às 09h15.

Última atualização em 10 de março de 2025 às 09h22.

Os Estados Unidos responderam por 43% das exportações globais de armas entre 2019 e 2024, um aumento significativo em relação aos 35% registrados no período anterior, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri). A França ficou em segundo lugar, com quase 10% do mercado.

O crescimento das exportações americanas está ligado ao aumento dos orçamentos de defesa europeus, impulsionado pela guerra na Ucrânia e pela pressão do governo Donald Trump para que aliados elevassem seus gastos militares.

 O impacto do conflito na Ucrânia

A demanda europeia inclui 13 países adquirindo o caça F-35, entre eles Grã-Bretanha, Alemanha e Itália. Além disso, a OTAN dobrou suas importações de armas, com a compra de sistemas de defesa Patriot e foguetes Himars.

Por outro lado, a decisão dos EUA de suspender a ajuda militar à Ucrânia gera incerteza. Especialistas alertam para o risco de interrupção no fornecimento de armas, o que pode afetar futuras cooperações militares.

Outro fator de alerta é a possibilidade de os EUA restringirem o acesso a softwares militares fornecidos a aliados. "Isso pode trazer implicações profundas para futuras vendas", disse Philip Dunne, ex-ministro britânico de defesa.

Mudanças no mercado global

As importações de armas pela China caíram 64%, reflexo do avanço da produção local. Enquanto isso, os EUA consolidam sua posição como líderes no mercado de defesa.

O relatório do Sipri indica que, apesar do crescimento, a instabilidade política americana pode afetar relações estratégicas. A tendência aponta para maior dependência europeia das armas dos EUA, fortalecendo sua influência geopolítica.

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