Economia

Exportações de carne bovina podem crescer até 15%

O governo brasileiro, em parceria com a iniciativa privada, vai dar início a uma forte ofensiva em busca de mercados para a carne bovina brasileira a partir das novas oportunidades de negócios criadas com a confirmação de um caso de vaca louca (encefalopatia espongiforme bovina) nos Estados Unidos. A informação foi dada pelo ministro da […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h46.

O governo brasileiro, em parceria com a iniciativa privada, vai dar início a uma forte ofensiva em busca de mercados para a carne bovina brasileira a partir das novas oportunidades de negócios criadas com a confirmação de um caso de vaca louca (encefalopatia espongiforme bovina) nos Estados Unidos. A informação foi dada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, em entrevista coletiva na segunda-feira (5/1).

Na avaliação do Ministério da Agricultura, há possibilidade de crescimento de até 15% nas exportações, que em 2003 foram recordes e renderam ao país 1,5 bilhão de dólares. O Brasil, que possui o maior rebanho bovino do mundo, exporta 18% de sua produção, de acordo com dados fornecidos na manhã desta terça-feira (6/1) pelo ministro Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, em entrevista ao Bom Dia Brasil, da Rede Globo. Isso significa que o Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina, com embarque de 1,2 milhão de toneladas. Apesar disso, tem acesso limitado a 50% dos mercados importadores.

Com o caso da vaca louca nos EUA, o Brasil ganha potenciais novos mercados, entre eles o Japão, a Coréia e Taiwan - os principais compradores da carne bovina americana. Segundo o ministro Rodrigues, o Brasil também pretende intensificar as negociações com o governo russo para revisão das cotas fixadas para importação de carne suína e de frango. Ainda este mês, uma missão brasileira desembarca na Rússia para tentar ampliar a cota estabelecida.

Segundo o ministro, uma eventual queda no consumo de carne bovina também pode beneficiar as cadeias produtivas de carnes de frango e suína, considerando também um possível aumento do consumo de ração de proteína vegetal, como soja e milho.

Para buscar os novos mercados, o governo criou três grupos de trabalhos. O primeiro vai preparar um conjunto de recomendações técnicas para prevenção da doença da vaca louca. O segundo será encarregado de elaborar um plano de ação de marketing para divulgar aos mercados consumidores as vantagens competitivas da carne brasileira. O terceiro grupo cuidará do planejamento estratégico para a defesa sanitária, discutindo, inclusive, a necessidade de mais recursos. O ministro Roberto Rodrigues já está negociando um aporte adicional de 60 milhões de reais no orçamento para a defesa sanitária em 2004, além dos 68 milhões já definidos.

Até quinta-feira (8/1), o ministro Rodrigues deve receber um relatório dos trabalhos e, a partir daí, definir ações de mercado e de defesa sanitária.

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