Economia

Falta de financiamento pode comprometer rodovias leiloadas

Por falta de financiamento, até rodovias que já foram leiloadas correm o risco de ter execução interrompida


	BR-163, em Mato Grosso: concessão arrematada pela Odebrecht já realizou até mais investimentos que o previsto, mas está ameaçada
 (Arquivo/CNT)

BR-163, em Mato Grosso: concessão arrematada pela Odebrecht já realizou até mais investimentos que o previsto, mas está ameaçada (Arquivo/CNT)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 08h56.

Brasília - A falta de financiamento de longo prazo pode comprometer algumas rodovias leiloadas no Programa de Investimentos em Logística (PIL), segundo informou o diretor técnico da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), Flávio Freitas.

Uma concessão importante arrematada pelo grupo Odebrecht, por exemplo, a da rodovia BR-163, em Mato Grosso, realizou até mais investimentos do que o previsto no contrato.

Porém, a falta do financiamento de longo prazo já ameaça a execução da meta deste ano, segundo informou a concessionária Rota do Oeste.

As concessões rodoviárias também foram afetadas pela retração econômica. Hoje, o fluxo de veículos está aproximadamente 20% abaixo do previsto durante os leilões do governo federal. Outro fator inesperado foi o reajuste de 87% no preço do asfalto de novembro de 2014 até agora.

Os custos das obras de duplicação ficaram acima do previsto, também, pela demora no licenciamento ambiental. Para não atrasar as obras, o governo acelerou a autorização para duplicar os trechos onde reconhecidamente não haveria impacto ambiental.

Mas, com isso, as obras são feitas de forma fracionada, o que as torna mais caras.

Há um grupo de concessões do governo Dilma que vai bem. O grupo Inframerica, que administra os aeroportos de Brasília e Natal, informa que realizou investimentos de R$ 2 bilhões nos dois terminais e, em ambos os casos, concluiu as obras antes do previsto.

A GRU Airport, do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, informa que realizou todas as obras previstas dentro dos prazos estabelecidos. A concessionária, porém, discute há dois anos o reequilíbrio econômico-financeiro de seu contrato, por causa de obras não realizadas pelo governo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Exploração de rodoviasConcessõesPrivatizaçãoConcessionárias

Mais de Economia

Câmara dos Deputados aprova PEC que proíbe extinção de tribunais de contas

Aneel recomenda ao governo renovar concessão da Light no Rio por 30 anos

SP gera quase 500 mil vagas de emprego nos primeiros 9 meses de 2025