Economia

Focus revisa alta de preços administrados para 13% em 2015

Um mês antes, a mediana estava em 11,00%


	BC: esta foi a 16ª semana consecutiva em que houve revisão das projeções para cima
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

BC: esta foi a 16ª semana consecutiva em que houve revisão das projeções para cima (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2015 às 11h23.

Brasília - Centro das discussões sobre o rumo da inflação deste ano, as projeções para os preços administrados no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 30, pelo Banco Central, avançaram de 12,60% na semana passada para 13,00% agora. Um mês antes, a mediana estava em 11,00%.

Esta foi a 16ª semana consecutiva em que houve revisão das projeções para cima e há quem diga que o levantamento Focus ainda está atrasado. Para o BC, a alta desse conjunto de preços deve ficar circunscrita ao primeiro trimestre.

Já para 2016, a expectativa no boletim Focus é a de que a pressão para a inflação desse conjunto de itens seja menor. A mediana das estimativas continuou em 5,50% pela sétima vez consecutiva.

Superávit

Minguadas, as projeções do mercado financeiro para a balança comercial voltaram a apresentar melhora para 2015 no Focus. A mediana das estimativas para o saldo comercial em 2015 subiu de um saldo positivo de US$ 3,50 bilhões para US$ 4 bilhões - um mês antes essa previsão estava em US$ 5 bilhões.

Para 2016, no entanto, a mediana das projeções passou de um superávit de US$ 11 bilhões para US$ 10,50 bilhões - o patamar apontado há um mês era de US$ 11,24 bilhões.

No caso das previsões para a conta corrente, o mercado financeiro diminuiu suas previsões de déficit e a mediana para 2015 passou de US$ 79,80 bilhões para US$ 77,10 bilhões de uma edição da Focus para a outra.

Quatro semanas atrás estava em US$ 79,10 bilhões. Já para 2016, a perspectiva de saldo negativo, inalterada em US$ 70 bilhões há quatro semanas, agora está em US$ 69 bilhões.

Para esses analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será insuficiente para cobrir esse resultado deficitário em 2015 e também no ano que vem, já que a mediana das previsões para esse indicador recuou de US$ 56,50 bilhões para US$ 56 bilhões no caso de 2015 e de US$ 58,00 bilhões para US$ 57,40 bilhões no de 2016.

IGP-DI

Mais uma rodada de alta foi vista nos IGP-DI de 2015. As estimativas para o indicador, sensível à variação cambial, avançaram de 6,28% para 6,35% para o encerramento deste ano. Quatro semanas atrás, a mediana das estimativas para o IGP-DI estava em 5,82%.

Já a mediana para o IGP-M de 2015 ficou estacionada em 6,10% de uma semana para outra, mas a taxa prevista é mais elevada do que a apontada há um mês, de 5,66%.

Para 2016, a perspectiva de alta de 5,50% segue pela 34ª semana consecutiva tanto para o IGP-M quanto para o IGP-DI.

No caso do IPC-Fipe para 2015, houve redução das estimativas na pesquisa Focus divulgada hoje, de 7,57% para 7,50%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 6,76%.

Para 2016, a previsão para a inflação de São Paulo foi mantida em 5,00% pela segunda vez consecutiva - o porcentual apresentado quatro semanas antes era de 5,25%.

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