Economia

França apresenta medidas contra déficit orçamentário

Ministro da economia Michel Sapin anunciou ações como corte das taxas de juros, que reduz o custo do financiamento da dívida do país

O ministro francês da Economia, Emmanuel Macron: Paris afirmou que no ano que vem o déficit será de 4,3% do PIB, muito acima dos 3% determinado por Bruxelas (Jean-Philippe Ksiazek/AFP)

O ministro francês da Economia, Emmanuel Macron: Paris afirmou que no ano que vem o déficit será de 4,3% do PIB, muito acima dos 3% determinado por Bruxelas (Jean-Philippe Ksiazek/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2014 às 16h21.

Paris - Atingida pela crise, a França - criticada pela União Europeia por desrespeitar normas do bloco - anunciou nesta segunda-feira que adotará "novas medidas" a fim de reduzir seu déficit de 3,6 bilhões de euros (4,6 bilhões de dólares).

O ministro da economia Michel Sapin anunciou que há algumas "boas notícias", como o corte das taxas de juros, que reduz o custo do financiamento da dívida do país, permitindo que a França reduza seu déficit.

Paris afirmou que no ano que vem o déficit será de 4,3% do PIB, muito acima dos 3% determinado por Bruxelas, que pede mudanças no orçamento francês.

O comissário de assuntos econômicos da UE, Jyrki Katainen, escreveu a Paris pedindo explicações sobre o aumento do déficit, de acordo com uma carta confirmada pelo presidente francês, Francois Hollande, na sexta-feira.

A França surpreendeu seus parceiros europeus em setembro por voltar atrás no seu compromisso de manter o déficit abaixo dos 3% em 2015.

A meta foi adiada para 2017 -ano seguinte às eleições presidenciais do país-, colocando a segunda economia da zona do euro em rota de colisão com Bruxelas.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaEuropaFrançaJurosPaíses ricosUnião Europeia

Mais de Economia

MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será editada após o carnaval

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron