Economia

Governo não poupará medidas para controlar inflação

O ministro da Fazenda, destacou ainda que em breve serão anunciadas desonerações aos setores sucrolacooleiro e químico

Guido Mantega: "Estamos atentos à inflação porque ela é prejudicial à economia brasileira", disse o ministro da Fazenda. (Elza Fiuza/ABr)

Guido Mantega: "Estamos atentos à inflação porque ela é prejudicial à economia brasileira", disse o ministro da Fazenda. (Elza Fiuza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2013 às 16h11.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que o governo não poupará medidas para controlar a inflação, ao mesmo tempo em que destacou que em breve serão anunciadas desonerações aos setores sucrolacooleiro e químico.

"Estamos atentos à inflação porque ela é prejudicial à economia brasileira", disse ele ao sair da reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial. "A boa notícia é que a inflação de março foi menor do que a de fevereiro e janeiro." Mantega destacou a pressão dos alimentos, que, para ele, impediram que a desaceleração fosse maior. "(A inflação de) serviços já reduziu em março. O maior vilão é alimentos." Ele disse ainda que o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março mostra trajetória de queda da inflação. O indicador no mês passado ficou em 0,47 por cento, mas no acumulado em 12 meses chegou a 6,59 por cento, estourando o teto da meta de inflação, de 4,5 por cento mais 2 pontos de tolerância.

Com o resultado, o mercado praticamente descartou elevação da taxa básica Selic, hoje em 7,25 por cento, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central da próxima semana, deixando a alta para maio.

Por outro lado, Mantega afirmou que está havendo um crescimento econômico gradual e que é preciso continuar dando competitividade à economia do país.

"Em março vai haver crescimento da indústria, mas o importante é a recuperação do investimento", disse ele.

Em fevereiro, a produção industrial brasileira recuou 2,5 por cento, no pior resultado mensal em pouco mais de quatro anos, mostrando as dificuldades para a recuperação da atividade econômica do país.

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