Economia

Governo pode atuar para evitar subida do real

“Ainda é cedo pra saber como isso (QE3) vai rebater na economia mundial. Há análises, expectativas de que isso pressione preços de commodities e o real”, disse Barbosa


	Nelson Barbosa: para o secretário-executivo, não há uma meta formal para a taxa de câmbio, mas o nível atual ainda é muito apreciado
 (Antonio Cruz/ABr/Agência Brasil)

Nelson Barbosa: para o secretário-executivo, não há uma meta formal para a taxa de câmbio, mas o nível atual ainda é muito apreciado (Antonio Cruz/ABr/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 12h07.

São Paulo - A taxa de câmbio atual (2,03) ainda é uma taxa, historicamente, muito apreciada, segundo Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério da Fazenda. A adoção de medidas para conter uma possível apreciação do real não foi descartarda. “Nesse momento, o maior risco é de apreciação do câmbio e vamos tomar as medidas necessárias se isso se materializar”, disse o secretário. 

“Estamos em um nível parecido com o de meados de 2008 (...) A taxa de hoje equivale a taxa de 1,56 de 2008. É por isso que o governo atua sim no mercado de câmbio e vai atuar sempre que necessário. Isso não quer dizer que temos meta para taxa de câmbio, mas que não desejamos uma apreciação adicional”, disse durante o  9º Fórum de Economia da FGV, realizado em São Paulo.

Barbosa também falou sobre a possibilidade de uma apreciação do real em decorrência do “quantitative easing 3” (QE3), anunciado na última semana pelo Fed. “Ainda é cedo pra saber como isso (QE3) vai rebater na economia mundial. Há análises, expectativas de que isso pressione preços de commodities e o real”, disse Barbosa.  

O governo tem sempre um conjunto de medidas que podem ser adotadas – como já foram – caso ocorra uma apreciação do real, segundo Barbosa.”Medida cambial a gente não anuncia antes. Estamos analisando a situação, aguardando para saber qual será o impacto do QE3 nos mercados”, disse. 

Segundo Barbosa, não há uma meta formal para a taxa de câmbio, mas o nível atual ainda é muito apreciado, em termos históricos. “O desafio é evitar excessos, tanto um câmbio muito apreciado como muito depreciado prejudica”, disse. 

Acompanhe tudo sobre:Câmbioeconomia-brasileiraMinistério da Fazenda

Mais de Economia

Marcio Macêdo diz que não há ‘desabono’ sobre conduta de Lupi no caso das fraudes do INSS

Lula endossa discussão sobre fim da escala 6X1 e diz que governo 'desmontou' esquema no INSS

Após escândalo de fraude, Lula escolhe novo presidente do INSS; saiba quem é

Governo define regras para uso do Orçamento de 2025 e impõe ritmo mais controlado para os gastos