Agência de notícias
Publicado em 28 de agosto de 2025 às 15h37.
O Governo Central — composto por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central — registrou um déficit primário de R$ 59,1 bilhões em julho deste ano, conforme dados divulgados nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional. Este é o segundo pior resultado da série histórica para o mês, atrás apenas de 2020, quando foi registrado um déficit de 87,8 bilhões.
O déficit significa que, em julho, o governo gastou mais do que arrecadou — sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, foi registrado um déficit de R$ 70,2 bilhões.
O resultado de julho foi composto por um déficit conjunto de R$ 16, 4 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central, somado ao resultado negativo de R$ 203,6 bilhões da Previdência Social.
Segundo o Tesouro, o déficit foi influenciado pelo crescimento das despesas primárias (gastos não relacionados ao pagamento da dívida) do governo, principalmente pelo pagamento de precatórios, que são dívidas da União decorrentes de decisões judiciais. Neste mês, o governo pagou R$ 35,6 bilhões em precatórios.
Além disso, também se destacaram os pagamentos de R$ 20,7 bilhões em benefícios previdênciários, e R$ 1,1 bilhão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O resultado das contas públicas é importante para que o governo alcance a meta fiscal estabelecida para este ano, de resultado zero (equilíbrio entre despesas e receitas), com intervalo de tolerância entre déficit de R$ 31 bilhões e superávit de R$ 31 bilhões, ou 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).