Economia

Grupo Alimentação puxou alta do IPC em setembro, segundo FGV

Além de Alimentação, o grupo Vestuário (-0,38% para 0,39%) avançou, especialmente por conta de roupas (-0,52% para 0,36%)

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 10h59.

São Paulo - A principal contribuição para a aceleração registrada em setembro no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado para composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) veio do grupo Alimentação.

De agosto para setembro, o IPC acelerou de 0,24% para 0,32%.

Nesta classe de despesa, A FGV citou o comportamento do item frutas, cuja taxa passou de -2,41% para 0,19%.

Em setembro, o IPC teve alta em seis das oito classes de despesas. Além de Alimentação, o grupo Vestuário (-0,38% para 0,39%) avançou, especialmente por conta de roupas (-0,52% para 0,36%).

Também avançaram os preços do grupo Habitação (0,47% para 0,51%), que subiram, principalmente, por causa de móveis (-1,26% para 0,63%); Comunicação (0,17% para 0,34%), por conta de mensalidade para TV por assinatura (1,47% para 2,08%); Despesas Diversas (0,08% para 0,20%), em razão de alimentos para animais domésticos (-0,51% para 1,11%), e o grupo Transportes (0,18% para 0,20%), que teve uma forte contribuição do item serviços de oficina (0,08% para 0,95%).

As duas classes de despesas que apresentaram decréscimo nas taxas de variação foram Educação, Leitura e Recreação (0,33% para -0,01%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,65% para 0,63%).

Nesses grupos, a FGV destacou o item excursão e tour (1,54% para -0,55%) e medicamentos em geral (0,32% para 0,02%), respectivamente.

As maiores influências de alta para o IPC na passagem de agosto para setembro foram refeições em bares e restaurantes (0,62% para 0,60%), plano e seguro de saúde (0,98% para 1,00%), gás de bujão (0,21% para 3,52%), aluguel residencial (0,46% para 0,39%) e serviço de reparo em automóvel (0,08% para 0,95%).

A lista de maiores pressões negativas, por sua vez, é composta por refeições em bares e restaurantes (apesar da leve desaceleração de 0,62% para 0,60%), plano e seguro de saúde (0,98% para 1,00%), gás de bujão (0,21% para 3,52%), aluguel residencial (apesar da redução do ritmo de 0,46% para 0,39%) e serviço de reparo em automóvel (0,08% para 0,95%).

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou de 0,22% em agosto para 0,22% em setembro. O índice referente a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,46%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,27%. O índice que representa o custo da Mão de Obra não registrou variação. No mês anterior, este índice registrou taxa de 1,27%.

Entre as maiores pressões de alta do INCC-M na passagem de agosto para setembro estão elevador (1,01% para 3,84%), projetos (1,31% para 2,00%), refeição pronta no local de trabalho (0,87% para 1,32%), tijolo/telha cerâmica (0,51% para 0,62%) e metais para instalações hidráulicas (0,39% para 0,57%).

Os itens que mais influenciaram o índice de forma negativa foram vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,10% para -1,96%), cimento portland comum (apesar do recuo na taxa de -0,99% para -0,50%), massa de concreto (a despeito da desaceleração de -0,69% para -0,15%), aluguel de máquinas e equipamentos (mesmo com a taxa caindo de -0,24% para -0,16%) e placas cerâmicas para revestimento (0,18% para -0,38%).

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraEstatísticasIndicadores econômicosInflaçãoIPC

Mais de Economia

MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será editada após o carnaval

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron