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Guerra comercial de Trump pode reavivar risco de inflação, alerta BCE

Produtos da União Europeia serão taxados em 20% no âmbito da ofensiva protecionista lançada por sua administração

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 3 de abril de 2025 às 17h07.

Última atualização em 3 de abril de 2025 às 17h10.

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O Banco Central Europeu estimou, em março, que a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos poderia atiçar os riscos de inflação no curto prazo, segundo uma ata publicada nesta quinta-feira, 3, após a ofensiva de tarifas alfandegárias anunciada na véspera pelo presidente americano, Donald Trump.

"A combinação das tarifas alfandegárias americanas e as medidas de represália poderia (...) apresentar riscos para a inflação, especialmente no curto prazo", assinala o documento.

Segundo os anúncios feitos pelo governo americano na noite de quarta-feira, os produtos da União Europeia serão taxados em 20% no âmbito da ofensiva protecionista lançada por sua administração.

Como exportadora, a zona do euro, liderada pela Alemanha, poderia sofrer "o maior impacto" destas medidas, assinalou o BCE em março, com preocupação.

Embora se espere que o impacto das tarifas americanas seja "globalmente negativo" para a economia mundial, permanece menos claro qual será seu efeito para "a inflação" no longo prazo, admitiu.

Um aumento geral dos preços "no curto prazo, parcialmente alimentado pela taxa de câmbio, poderia ser amplamente neutralizado por pressões para baixo sobre os preços relacionados à diminuição da demanda, especialmente no médio prazo", assinala o documento.

Isto complicaria as próximas decisões sobre a política monetária.

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