Economia

Fazenda fará nota técnica sobre tarifas de Trump; Brasil não deve retaliar por orientação de Lula

Haddad se reuniu hoje pela manhã com representantes da indústria do aço

Ministro da Fazenda afirma que governo brasileiro não tomará retaliações imediatas e elaborará nota técnica para negociar com os EUA (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ministro da Fazenda afirma que governo brasileiro não tomará retaliações imediatas e elaborará nota técnica para negociar com os EUA (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Publicado em 12 de março de 2025 às 11h05.

Última atualização em 12 de março de 2025 às 11h12.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira, 12, que o governo elaborará uma nota técnica para o Ministério do Desenvolvimento, com base nos argumentos apresentados pelo setor, em resposta às tarifas de 25% impostas por Trump ao aço brasileiro, que entraram em vigor hoje. [grifar]Haddad se reuniu mais cedo com representantes da indústria do aço e disse que não deverá ocorrer retaliação brasileira à imposição tarifária por orientação de Lula.

O presidente da República já afirmou que o Brasil tem experiência em lidar com medidas tarifárias de forma diplomática, como ocorreu em ocasiões anteriores.

Haddad afirmou que as medidas de proteção à indústria nacional estão sendo estudadas, com a ajuda de todos os órgãos envolvidos, como o Ministério do Desenvolvimento, e que o governo brasileiro adotará uma estratégia diferenciada para importações e exportações de aço.

Ele também mencionou que as discussões sobre as exportações exigem uma negociação bilateral com os Estados Unidos, enquanto as importações exigem uma defesa mais contundente da indústria nacional.

Segundo Haddad, o foco do governo será entender as implicações dessa medida tarifária e os impactos que ela pode ter na indústria brasileira e na economia dos Estados Unidos, que enfrenta uma possível recessão. O diagnóstico do setor do aço brasileiro aponta que, ao contrário do que o governo americano pode acreditar, a política tarifária não só prejudica os produtores brasileiros, mas também os interesses dos EUA.

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