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Imposto de renda: isenção para até dois salários mínimos será mantida, diz Haddad

Ministro da Fazenda afirma que governo vai aguardar eleição para as presidências da Câmara e do Senado para enviar proposta de reforma

Agência o Globo
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Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 12h26.

Última atualização em 14 de janeiro de 2025 às 14h52.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que, conforme orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será mantida a isenção de imposto de renda (IR) para rendimentos de até dois salários mínimos, o mesmo valor do ano passado.

Hoje, a isenção vai até R$ 2.824 por mês — o equivalente a dois salários mínimos de 2024. Agora, isso iria subir para R$ 3.036, o equivalente a duas vezes o salário mínimo de 2025 (R$ 1.518).

"Recebemos essa orientação do presidente", afirmou Haddad.

A equipe econômica aguardará a eleição das mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado, previstas para o início de fevereiro, antes de enviar a proposta de reforma do imposto de renda. No final de 2024, o governo anunciou a intenção de aumentar a faixa de isenção do imposto de renda para R$ 5 mil, embora essa medida ainda não tenha sido formalizada.

"O importante é aprovar a reforma ainda este ano. Como as eleições das duas Mesas estão por acontecer, considero adequado esperar a organização delas. Existem várias distorções no nosso sistema de imposto de renda, e pretendemos corrigir essas distorções, tanto do ponto de vista distributivo quanto da neutralidade fiscal", explicou o ministro. "Não é uma lei só que vai resolver a questão da renda, porque são várias, não é um pacote, mas as medidas vão ser encaminhadas, a medida que forem ficando prontas".

Além disso, Haddad mencionou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá sancionar a regulamentação da reforma tributária do consumo ainda nesta semana, com “alguns poucos vetos técnicos”, que não comprometerão os eixos principais do projeto.

"Já encaminhamos tanto para a AGU quando para a Casa Civil, as razões de veto dos artigos respectivos. Mas não passou ainda pelo crivo do presidente. Por isso não posso adiantar, mas são coisas bastante laterais e podem trazer problemas técnicos e de aplicação. A essência da reforma está mantida, mas afasta problemas que podem ocorrer a depender da interpretação dos dispositivos", disse.

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