Economia

Indústria melhora índices de faturamento e uso da capacidade

Além do aumento de 0,8 ponto na UCI, o índice de horas trabalhadas na produção subiu 1% e o de faturamento real da indústria, 0,8%


	Indústria brasileira: uso da capacidade instalada e número de horas trabalhadas tiveram aumento em setembro
 (Arquivo/Agência Brasil)

Indústria brasileira: uso da capacidade instalada e número de horas trabalhadas tiveram aumento em setembro (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2014 às 16h17.

Brasília - A utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria brasileira aumentou em setembro, na comparação com agosto, passando de 80,5 para 81,3 pontos, descontadas as influências sazonais.

No mesmo período, além do aumento de 0,8 ponto na UCI, o índice de horas trabalhadas na produção subiu 1% e o de faturamento real da indústria, 0,8%. Os dados constam dos Indicadores Industriais, divulgados hoje (3) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo o gerente executivo da CNI, Flávio Castelo Branco, ainda não dá para afirmar se o momento atual representa recuperação ou acomodação do setor, porque, apesar dos números positivos, o crescimento da atividade não impediu que o trimestre permanecesse negativo.

“Mesmo com esse crescimento, o quadro da indústria ainda mostra desaquecimento. Isso fica evidente ao se avaliarem os resultados trimestrais”, disse Castelo Branco.

De acordo com a CNI, no terceiro trimestre, o faturamento registrou queda de 1,5%, e as horas trabalhadas na produção caíram 0,8% frente ao segundo trimestre.

De janeiro a setembro, o faturamento teve queda de 2,1% e as horas trabalhadas na produção recuaram 2,9% em relação a igual período do ano passado. Considerando o recorte trimestral, somente a UCI mostrou crescimento, mas de 0,2 pontos percentuais.

Em setembro, pelo sétimo mês consecutivo, a CNI identifica queda no indicador de emprego. Agora, de 0,6%, já considerando os ajustes sazonais.

Entre o segundo e o terceiro trimestres, a queda ficou em 1,6%. Na comparação entre setembro e agosto, caíram também a massa real de salários (0,2%) e o rendimento médio dos trabalhadores (0,3%).

De acordo com Castelo Branco, a indústria está aguardando as decisões a serem tomadas pelo governo federal para ter uma visão mais clara sobre como será o cenário a partir de agora.

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