Economia

Inflação chegará a 6,1% em 2014

A inflação, medida pelo IPCA, deve ficar em 6,1%, este ano, 0,5 ponto percentual acima da projeção do Banco Central divulgada em dezembro


	Prédio do Banco Central em Brasília: projeções são do cenário de referência, em que o BC levou em considerações informações disponíveis até o dia 14 de março deste ano 
 (Wikimedia Commons)

Prédio do Banco Central em Brasília: projeções são do cenário de referência, em que o BC levou em considerações informações disponíveis até o dia 14 de março deste ano  (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2014 às 09h21.

Brasília - A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 6,1%, este ano, 0,5 ponto percentual acima da projeção do Banco Central (BC) divulgada em dezembro.

Essa estimativa está no Relatório de Inflação, divulgado hoje (27).

Em 2015, a inflação deve recuar e encerrar o período em 5,5%.

Em 12 meses a acumulados no final do primeiro trimestre de 2016, a projeção ficou em 5,4%.

Essas projeções são do cenário de referência, em que o BC levou em considerações informações disponíveis até o dia 14 de março deste ano para fazer as estimativas.

Nesse cenário foram considerados o dólar a R$2,35 e a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,75% ao ano.

O BC também divulga os dados do cenário de mercado, que faz estimativas para a taxa de câmbio e a Selic.

No cenário de mercado, a previsão para a inflação neste ano é 6,2%, 0,6 ponto percentual acima da estimativa de dezembro.

Em 2015, a projeção é 5,5% e em 12 meses a acumulados no final do primeiro trimestre de 2016, em 5,2%.

As estimativas de inflação estão acima do centro da meta de inflação, 4,5%, que deve ser perseguida pelo BC.


Essa meta tem como limite superior 6,5%. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic.

Essa taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.

Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.

O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Atualmente, a Selic está em um ciclo de alta. A última elevação ocorreu em fevereiro, quando ficou em 10,75% ao ano. A próxima reunião do Copom está marcada para os próximos dias 1º e 2 de abril.

No cenário de referência, a probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta em 2014 ficou em torno de 38% e, em 2015, de 27%.

No cenário de mercado, essa probabilidade ficou em cerca de 40%, este ano, e em 29%, em 2015.

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