Economia

Inflação na Argentina tem alta de 2,3% em outubro e deve fechar o ano em 29,6%

De acordo com o governo argentino, inflação anual desacelerou para 31,3% e o país deve terminar o ano com uma inflação anual de 29,6%

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 12 de novembro de 2025 às 18h38.

Última atualização em 12 de novembro de 2025 às 18h40.

Tudo sobreArgentina
Saiba mais

Os preços na Argentina subiram 2,3% em outubro, superando a alta de 2,1% registrada em setembro. Os números vieram dentro do esperado pelo mercado financeiro. A inflação anual desacelerou para 31,3%, segundo dados divulgados pelo governo argentino.

Foi a primeira grande notícia econômica depois da vitória do partido do presidente Javier Milei nas eleições de meio de mandato, realizadas no mês passado.

O governo argentino também apontou que os principais responsáveis pelo aumento da inflação foram os preços de alimentos e bebidas, com transporte e habitação também registrando aumentos.

Inflaçãoe e eleição

A Argentina deve terminar o ano com uma inflação anual de 29,6%, segundo a pesquisa do Banco Central com economistas, realizada em outubro. O crescimento econômico previsto é de 3,9%.

Milei estava no centro de uma eleição legislativa no final de outubro, considerada decisiva para o futuro de seu governo. A votação gerou preocupação no mercado financeiro, já que os investidores esperavam um resultado ruim do lado governista, identificado por reformas econômicas bem vistas pelo mercado.

Peso em queda livre

A moeda argentina se desvalorizou cerca de 4,5% em outubro, embora o Tesouro dos EUA tenha realizado compras de pesos no mercado cambial local para tentar estabilizar a moeda. A iniciativa fazia parte de um swap de US$ 20 bilhões.

No entanto, o partido de Milei teve uma vitória surpreendente nas eleições de outubro, o que resultou em uma valorização dos títulos e ajudou a estabilizar a moeda.

Embora o peso tenha se desvalorizado, o impacto nos preços ao consumidor foi menor do que o observado anteriormente. Entre os fatores que explicam esse desempenho, estão:

  • A desaceleração econômica, que limita a demanda;
  • A postura fiscal e monetária mais restritiva de Milei;
  • A determinação do governo em defender a banda de câmbio do peso;
Acompanhe tudo sobre:ArgentinaJavier MileiInflação

Mais de Economia

Setor de serviços sobe 0,6% em setembro, oitava alta seguida

IPCA de outubro desacelera e fecha em 0,09% após alta em setembro

Ata do Copom: BC deve continuar com cautela e manter juros a 15%

Comissão mista vota MP do Plano Brasil Soberano contra tarifaço nesta terça-feira