Economia

Inflação sobe na pesquisa Focus, para 7,15%

Há um mês, a mediana estava em 6,60%


	Dinheiro: é no curto prazo que os preços mostram mais descontrole
 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

Dinheiro: é no curto prazo que os preços mostram mais descontrole (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2015 às 08h18.

Brasília - A expectativa de que o Banco Central não entregará a inflação sem estourar o teto da meta de 6,50% deu mais um passo de afastamento em relação a essa tarefa no Relatório de Mercado Focus divulgado pelo Banco Central, nesta segunda-feira, 9.

De acordo com o documento, a mediana das previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 7,01% para 7,15%. Há um mês, a mediana estava em 6,60%.

Também no Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as previsões, a mediana segue acima da banda superior da meta e aumentou, passando de 6,86% para 7,12%. Quatro semanas atrás, estava em 6,60%.

O Banco Central trabalha com um cenário de alta para o IPCA nos primeiros meses deste ano, mas conta com um período de declínio mais para frente, levando o indicador a ficar no centro da meta de 4,5% no encerramento de 2016.

Apesar desse prognóstico mais positivo para o médio prazo, as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente seguem elevadas. Passaram, no entanto, de 6,61% para 6,56%, ante 6,66% de um mês antes.

Para o final de 2016, a mediana das projeções para o IPCA de 2016 foi mantida em 5,60% pela segunda semana seguida - estava em 5,70% quatro semanas atrás. No Top 5, a projeção para a inflação no final do ano que vem passou de 5,60% para 5,65% - um mês antes estava em 5,60%.

É no curto prazo que os preços mostram mais descontrole. Depois da alta de 1,24% de janeiro, revelada na semana passada pelo IBGE, os analistas preveem que o IPCA suba 1,02% em fevereiro - na semana anterior estava em 1,01% e quatro antes, em 0,74%.

Já para março, é aguardada uma pequena desaceleração da taxa, que deve ser de 0,65%. Na semana anterior, a mediana das previsões estava em 0,59% e um mês antes, em 0,55%.

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