Economia

Investidores cobram definição para setor de petróleo

Desde 2009, não há licitações para novas áreas de exploração, e empresas começam a questionar a viabilidade do negócio


	Petróleo responde hoje por 12 % do Produto Interno Bruto (PIB)
 (Getty Images)

Petróleo responde hoje por 12 % do Produto Interno Bruto (PIB) (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2013 às 08h53.

Brasília - As incertezas políticas na batalha de Estados e municípios por royalties têm contaminado o setor de petróleo. Desde 2009, não há licitações para novas áreas de exploração, e empresas que apostaram no Brasil na expectativa do crescimento da produção começam a questionar a viabilidade do negócio. O governo anunciou a retomada dos leilões, mas os investidores cobram a publicação dos editais garantindo a disputa por novas áreas.

A pressão chegou ao governo e ao Congresso em dezembro, por meio de uma carta assinada por 14 entidades do setor, incluindo fornecedores, à qual o Estado teve acesso. O texto foi enviado para a Presidência da República, outros órgãos do Executivo e parlamentares ligados à área.

Na carta, cobra-se "medidas para a retomada do crescimento do setor petrolífero". As entidades destacam que o petróleo responde hoje por 12 % do Produto Interno Bruto (PIB) e propicia desenvolvimento tecnológico, formação de mão de obra qualificada e geração de emprego e renda. As entidades elogiam o anúncio do governo de novas licitações, mas cobram a efetivação. "A indústria apela ao governo para que essa decisão seja tomada o quanto antes", diz a carta.

O planejamento do governo prevê a retomada das licitações com um leilão no modelo de concessão em maio. A estreia do modelo de partilha, criado para a exploração do pré-sal, seria em novembro. A continuidade do impasse dos royalties, porém, ainda pode atrapalhar.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que vetos devem ser analisados pelo Congresso em ordem cronológica tornou impraticável a derrubada da decisão da presidente Dilma Rousseff de impedir a aplicação de uma nova divisão entre os entes federados para os royalties das áreas que já foram licitadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaLicitaçõesPetróleoRoyalties

Mais de Economia

MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será editada após o carnaval

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron