Economia

IOF sobe 12,14% mesmo com ações para conter crédito

Governo se beneficiou de uma forte arrecadação de Imposto sobre Operações Financeiras, que cresceu para um total de R$ 32,564 bilhões em 2011

O recolhimento só não foi maior porque as ações do governo tiveram um efeito mais claro sobre o crédito para Pessoa Jurídica e na entrada de capitais externos (SXC.hu)

O recolhimento só não foi maior porque as ações do governo tiveram um efeito mais claro sobre o crédito para Pessoa Jurídica e na entrada de capitais externos (SXC.hu)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 12h43.

Brasília - Mesmo adotando medidas para conter o crescimento do financiamento no ano passado, o governo não conseguiu controlar todo o ímpeto da tomada de crédito, que acabou avançando no país em 2011. Com isso, o governo se beneficiou de uma forte arrecadação de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que cresceu 12,14% no ano passado, para um total de R$ 32,564 bilhões.

A arrecadação proveniente das operações de crédito de pessoas físicas merece destaque. Houve um aumento de 44,09% do recolhimento de IOF no ano passado (R$ 11,244 bilhões) ante 2010 (R$ 7,803 bilhões). Quase toda a diferença de arrecadação desse imposto de um ano para o outro, um total de R$ 3,525 bilhões, foi resultado do aumento do crédito para pessoa física, de R$ 3,441 bilhões.

O recolhimento só não foi maior porque as ações do governo tiveram um efeito mais claro sobre o crédito para Pessoa Jurídica e na entrada de capitais externos. O crescimento dos financiamentos para PJ avançaram 5,49% no ano passado, um ritmo bem mais lento, passando de R$ 9,360 bilhões para R$ 9,874 bilhões.

No caso dos fluxos de capital externo, o aumento da alíquota do IOF fez com que a arrecadação desse imposto caísse 15,67% nas entradas de moeda, passando de R$ 5,544 bilhões para R$ 4,676 bilhões.

"O governo adotou medidas para conter o consumo e elas não tinham cunho arrecadatório. São decorrentes das políticas macro para reduzir o ritmo da atividade econômica", disse o secretário da Receita Federal, Carlos Barreto.

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