Economia

Japão descarta conflito com BRIC sobre contribuições ao FMI

O país asiático fornecerá US$ 60 bilhões ao fundo, enquanto os países do BRIC aceitaram contribuir, embora tenham evitado anunciar um número

As potências emergentes pedem a aplicação de uma reforma profunda no sistema de cotas do FMI, que determina o poder de voto e o acesso a financiamento (Saul Loeb/AFP)

As potências emergentes pedem a aplicação de uma reforma profunda no sistema de cotas do FMI, que determina o poder de voto e o acesso a financiamento (Saul Loeb/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2012 às 06h47.

Tóquio - O ministro das Finanças japonês, Jun Azumi, descartou nesta terça-feira que haja um conflito com o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) sobre a contribuição de fundos adicionais ao Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciada na última sexta-feira.

Em declarações à imprensa em Tóquio, o ministro considerou que 'em absoluto' há uma disputa entre Japão e estes países sobre a ampliação de recursos do FMI, que na sexta-feira alcançou o compromisso do Grupo dos Vinte (G20) de contribuir com mais de US$ 430 bilhões.

O Japão fornecerá US$ 60 bilhões a este fundo, enquanto os países do BRIC aceitaram contribuir, embora tenham evitado anunciar um número, já que estão à espera de 'futuras discussões'.

As potências emergentes pedem a aplicação de uma reforma profunda no sistema de cotas do FMI, que determina o poder de voto e o acesso a financiamento, após o acordo aprovado em 2010 para revisar o sistema de votação da instituição.

Apesar dos progressos desde então, os emergentes consideram que o avanço é limitado e pedem uma reforma mais profunda até 2014, uma questão que deverá centrar a reunião anual do FMI, que será realizada em Tóquio em outubro.

Segundo Azumi, o Japão manterá sua chamada a fim de que os Estados Unidos aceitem a aplicação das reformas estipuladas em 2010 para que reflitam melhor o equilíbrio das potências emergentes. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBricsFMIJapãoPaíses ricos

Mais de Economia

MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será editada após o carnaval

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron