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Juros altos impedem investimento em infra-estrutura e saúde, diz José Alencar

Para o vice-presidente, Brasil permaneceria com taxa alta ainda que reduzisse juros pela metade

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h10.

O vice-presidente e presidente em exercício, José Alencar, condenou nesta segunda-feira (4/6) a alta taxa de juros em vigor no Brasil, durante encontro sobre etanol realizado em São Paulo. De acordo com Alencar, o país tem gasto dinheiro com o pagamento de dívida que poderia ser revertido para investimentos nas áreas de saúde, saneamento e infra-estrutura.

"Nos primeiros quatro anos do governo anterior [governo Lula], gastamos 600 bilhões de reais com pagamento da dívida. Se tivéssemos reduzido a taxa nominal de juros pela metade, teríamos economizado 300 bilhões e cuidado da saúde, do saneamento, da infra-estrutura", afirmou Alencar. A declaração foi feita na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, volta a se reunir. Os membros do comitê se encontram nestas terça e quarta-feiras para manter, elevar ou reduzir a taxa básica de juros da economia, a Selic, hoje em 12,5% ao ano.

Ainda segundo Alencar, o Brasil permaneceria com uma taxa alta demais na comparação com outros países se cortasse a taxa de juros pela metade. "Ficaríamos com juros três vezes maiores do que os dos outros", afirmou.

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