Economia

Juros: o mercado quer mais cortes

A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que se inicia nesta terça-feira deve marcar a quinta redução seguida de juros no país. Dessa vez, a redução pode ser ainda maior que a última: de um ponto percentual. O anúncio, que virá na quarta-feira às 18h, deve levar a taxa de juros do país para […]

ECONOMIA: o PIB cresceu no primeiro trimestre, mas o desempenho até o final de 2017 ainda é uma incerteza  / Mario Tama/Getty Images

ECONOMIA: o PIB cresceu no primeiro trimestre, mas o desempenho até o final de 2017 ainda é uma incerteza / Mario Tama/Getty Images

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2017 às 06h33.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h32.

A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que se inicia nesta terça-feira deve marcar a quinta redução seguida de juros no país. Dessa vez, a redução pode ser ainda maior que a última: de um ponto percentual. O anúncio, que virá na quarta-feira às 18h, deve levar a taxa de juros do país para 11,25% ao ano. Os cortes começaram em outubro de 2016, quando a taxa estava em 14,25%.

“O juro real está muito alto e a economia muito fraca. Não há nenhuma dúvida que o BC demorou demais pra cortar os juros e agora está tentando correr atrás”, diz Arnaldo Curvello, diretor da corretora Ativa.

Nos 12 meses encerrados em março o IPCA, que mede a inflação oficial do país, avançou 4,57% – número já próximo da meta do Banco Central em 2017, de 4,5%. Ao mesmo tempo, a estimativa de crescimento econômico para este ano só piora. O último Boletim Focus aponta que a expectativa é de um avanço de 0,41%. Há um mês a perspectiva era de um crescimento de 0,48%.

Nesse cenário, economistas projetam a Selic em 8,50% de 2017 – um patamar que, em janeiro não era projetado nem para o fim de 2018. O BC segue com uma postura mais cautelosa. Juros baixos seriam ótimos para estimular a economia, mas o cenário deste ano ainda inclui desafios internos, como as reformas trabalhista e a da Previdência, e instabilidades no cenário internacional (principalmente com o presidente americano Donald Trump). Diante de incertezas tão grandes, o Banco Central tem preferido agir com mais calma. Empresários, investidores e economistas querem mais agressividade, numa pressão que deve se manter mesmo após o anúncio de amanhã.

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