Proposta que zera a conta de luz de milhões brasileiros deve ser enviada ao Legislativo nos próximos dias (Brunorbs/Getty Images)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 6 de maio de 2025 às 15h31.
Última atualização em 6 de maio de 2025 às 15h36.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve enviar ao Congresso Nacional, nos próximos dias, uma Medida Provisória (MP) que reduzirá a conta de luz e deve beneficiar 17 milhões de famílias, que totalizam 60 milhões de pessoas.
Nas contas do governo, 4,5 milhões de famílias terão a tarifa de eletricidade zerada, o que totaliza 16 milhões de pessoas.
A isenção ampliada na tarifa de energia terá um custo anual de R$ 3,6 bilhões estimado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Esse valor será bancado com o corte de benefícios concedidos para os geradores de energia eólica e solar cobertos pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
A proposta cria a Tarifa Social de Energia Elétrica que garante a gratuidade na tarifa de energia para famílias com consumo mensal de até 80 kWh.
Nas contas do MME, esse patamar de consumo equivale à utilização de seis lâmpadas, geladeira, ventilador, ferro de passar roupa, chuveiro e o uso de um carregador para celular.
Serão beneficiários da Tarifa Social de Energia Elétrica:
Por outro lado, nas contas do MME, a gratuidade na conta de luz para as famílias de baixa renda implicará aumento médio de 0,9% para os demais consumidores regulados.
A MP também cria o Desconto Social de Energia Elétrica e determina a isenção do pagamento da CDE no consumo mensal de até 120 kWh para famílias de renda per capita entre meio e um salário mínimo.
O governo também quer aprovar medidas que considera necessárias para reequilibrar o setor. Entre elas, estão:
A proposta também prevê a abertura do mercado para que todos os consumidores possam escolher livremente seus fornecedores e fontes de energia a partir de 2028.
Atualmente apenas grandes consumidores podem participar do mercado livre de energia.