Lula e Xi Jinping se cumprimentam em Pequim (Ken Ishii / POOL / AFP)
Agência de notícias
Publicado em 12 de maio de 2025 às 06h51.
Na China até a terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá reuniões com o presidente chinês, Xi Jinping, para reforçar os laços diplomáticos, defender o multilateralismo e buscar mais comércio e investimentos do país asiático em infraestrutura no Brasil.
Entre as discussões, está a possibilidade de os chineses instalarem uma fábrica de fertilizantes no Paraná, o que significaria menos dependência de ureia importada para atender ao agronegócio brasileiro.
Lula desembarcou no território chinês na noite de sábado. "Acabo de chegar em Pequim, onde vamos fechar novas parcerias e assinar acordos de cooperação em múltiplas áreas. É mais um grande passo na relação de amizade e proximidade estratégica com a China", escreveu o presidente no X após a chegada.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil, e o governo brasileiro tenta ampliar as exportações para o país em meio à guerra de tarifas travada entre os chineses e os Estados Unidos.
Mais distante dos Estados Unidos, desde a volta de Donald Trump à Casa Branca, a avaliação de auxiliares do governo é que a viagem aproximará Lula ainda mais da China.
Os compromissos oficiais começam nesta segunda-feira, quando o brasileiro deve se encontrar com o primeiro-ministro da China, Li Qiang, em um seminário com a participação de empresários. Sua agenda prevê ainda audiências com empresários do setor de tecnologia do país asiático.
No mesmo dia, Lula participará de um seminário com empresários chineses e brasileiros, organizado pela Apex.
Na terça-feira, o presidente brasileiro participará de encontro com representantes da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), além de uma reunião com Xi Jinping que será sucedida por assinaturas de atos.
Este será o terceiro encontro de Estado com o líder chinês desde que Lula voltou ao poder para um terceiro mandato.
A previsão é que Lula e Xi assinem mais de 20 atos em várias áreas, como tecnologia, agricultura, mineração, investimentos, finanças, comunicações, saúde e educação.
A proposta de paz entre Rússia e Ucrânia, desenhada por Brasil e China, também deve ser discutida, com a ideia de os dois países participarem de uma eventual mediação de um acordo. O principal interlocutor, hoje, é o presidente dos EUA, Donald Trump.