Economia

Maiores bancos da Europa cortam € 2 trilhões em ativos

Medidas de reguladores europeus têm forçado instituições financeiras a vender carteiras de empréstimos e subsidiárias inteiras


	Homem com guarda-chuva passa em frente ao prédio do Deutsche Bank em Londres: total de ativos dos 30 bancos mais valiosos da Europa caíu 8,3%, para € 22,2 trilhões no ano passado
 (Luke MacGregor/Reuters)

Homem com guarda-chuva passa em frente ao prédio do Deutsche Bank em Londres: total de ativos dos 30 bancos mais valiosos da Europa caíu 8,3%, para € 22,2 trilhões no ano passado (Luke MacGregor/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2014 às 16h28.

Londres - Os 30 maiores bancos da Europa reduziram seus ativos em 2 trilhões de euros (2,76 trilhões de dólares) no ano passado e devem cortar mais em 2014, conforme pressões regulatórias obrigam encolhimento de bancos de investimento e venda de carteiras de empréstimos de bancos de varejo.

As medidas tomadas por reguladores para encerrar a ameaça sistêmica de bancos "muito grandes para quebrarem" têm forçado instituições financeiras a vender carteiras de empréstimos e subsidiárias inteiras. Também têm obrigado os bancos a se retirarem de áreas de negócios como corretagem com bônus, como parte de medidas para reduzirem o risco de seus negócios.

Grandes bancos são caros para serem resgatados, mas permitir o colapso destas instituições pode ser ainda mais custoso, uma vez que economias e outros bancos dependem do crédito que fornecem e dos depósitos que abrigam.

Os bancos com baixos níveis de patrimônio são particularmente perigosos, uma vez que mesmo uma pequena mudança percentual no valor de seus ativos pode arrasar seu capital.

Uma análise da Reuters sobre os balanços de fim de ano dos 30 bancos mais valiosos da Europa mostra que o total de ativos caíu 8,3 por cento, para 22,2 trilhões de euros, apesar de o número continuar sendo 1,7 vez maior que o PIB da União Europeia do ano passado.

Apenas três dos bancos ampliaram a base de ativos no ano passado, e as maiores quedas ocorreram em bancos de investimento, lideradas pelo recuo de 21,5 por cento do suíço UBS e baixa de dois dígitos do alemão Deutsche Bank e do britânico Barclays.

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