Economia

Mercosul: Brasil adere a compra conjunta de remédios de alto custo

O país se une a Paraguai, Uruguai, Chile e Argentina em bloco para discutir preços; drogas para tratamentos oncológicos foram incluídas em programa

Remédios: acréscimo do Brasil, com grande demanda, pode ajudar a reduzir valores de drogas para patologias de baixa incidência, mas de preço muito elevado (Marcos Santos/USP Imagens/Reprodução)

Remédios: acréscimo do Brasil, com grande demanda, pode ajudar a reduzir valores de drogas para patologias de baixa incidência, mas de preço muito elevado (Marcos Santos/USP Imagens/Reprodução)

E

EFE

Publicado em 15 de junho de 2018 às 22h20.

Última atualização em 15 de junho de 2018 às 22h49.

Assunção - O Brasil apoiou em uma reunião de ministros de Saúde do Mercosul nesta sexta-feira, em Assunção, o comitê de compra conjunta de remédios de alto custo, o que dará mais força ao bloco ao negociar os preços com a indústria farmacêutica.

O país se une assim a Paraguai, Uruguai, Chile e Argentina, que já participavam desse comitê, em um dos acordos mais importantes entre os que foram aprovados na reunião.

Além disso, foram incluídos nesta modalidade de compra conjunta os remédios oncológicos, o que, segundo explicou o Ministério da Saúde paraguaio em comunicado, se traduzirá em uma maior resposta estatal os pacientes com câncer e garantirá o acesso a tratamentos de última geração.

A diretora-geral de relações internacionais do ministério, María Antonieta Gamarra, comemorou a decisão e afirmou que "a presença do Brasil é fundamental no comitê, dado que faz número para obter melhores negociações".

Gamarra também ressaltou que a incorporação do Brasil permitirá reduzir em uma "grande porcentagem" os preços de remédios para patologias de baixa incidência, mas de preço muito elevado, mediante a compra em maior escala.

O Paraguai já adquiriu mediante as negociações de preços em bloco remédios para o tratamento de hepatite C e alguns anti-retrovirais.

Fora a negociação conjunta de preços, os ministros de Saúde dos países do Mercosul ratificaram a intenção de continuar avançando em temas como o fortalecimento das autoridades de saúde reguladoras, a cobertura universal da saúde e o acesso a remédios essenciais.

Na reunião, realizada como parte da Cúpula de Presidentes do Mercosul, na próxima segunda-feira, o ministro da Saúde paraguaio passou o bastão para o colega uruguaio, já que o Uruguai receberá do Paraguai a presidência semestral do bloco nesse dia.

Acompanhe tudo sobre:BrasilMercosulRemédiosSaúde

Mais de Economia

IPCA-15 de fevereiro acelera e vai a 1,23%; prévia da inflação acumulada de 12 meses sobe para 4,96%

MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será editada após o carnaval

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro