Economia

Miguel Jorge: exportação do Brasil ao Irã pode aumentar

Brasília - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou hoje que as sanções impostas ontem ao Irã, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, podem criar "uma janela de oportunidades" para as exportações do Brasil. "Vários países devem se retrair com a sanção aplicada pela ONU. Isso abre uma porta de […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Brasília - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou hoje que as sanções impostas ontem ao Irã, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, podem criar "uma janela de oportunidades" para as exportações do Brasil. "Vários países devem se retrair com a sanção aplicada pela ONU.

Isso abre uma porta de oportunidades para o Brasil", avaliou Miguel Jorge, ao participar do programa "Bom Dia Ministro", da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). O ministro disse que o Irã passou a ser, neste ano, o segundo maior comprador de carne do Brasil.

As sanções impostas ao Irã tratam basicamente da área de armamento e buscam frear o programa nuclear iraniano. "Nós não exportamos armas para o Irã. Nem tínhamos a pretensão de exportar", disse o ministro. A nova resolução aprovada na quarta rodada de sanções da ONU impõe mais restrições às atividades militares e financeiras.

Para o ministro, as sanções devem provocar a retração de diversos países em relação ao Irã, não apenas no comércio de armas. Este movimento abriria a oportunidade de o Brasil ampliar as exportações de alimentos. As vendas do Brasil para o Irã em 2009 totalizaram US$ 1,2 bilhão.

Dos 15 países que votaram, Brasil e Turquia foram os únicos que se opuseram às sanções. O Líbano se absteve. O ministro lembrou que liderou recentemente uma missão empresarial ao Irã e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou uma linha de financiamento para importadores iranianos comprarem produtos brasileiros. A linha é de 1 bilhão de euros e tem prazo de cinco anos.

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